sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Estado Islâmico divulga vídeo com decapitação de 11 cristãos

IS militants behead 11 Christians in Nigeria on Christmas Day

Jihadists of the so-called Islamic State release a video purportedly showing the murder of 11 Christians in Nigeria’s Borno State on Christmas Day.

Uma facção do Estado Islâmico denominada Província do Estado Islâmico na África Ocidental (ISWAP) divulgou ontem um vídeo que mostra a decapitação de 11 cristãos que eram mantidos reféns pelos terroristas.Segundo o grupo, as decapitações são uma “vingança” pela morte de Abu Bakr al-Baghdadi, na Síria, em outubro deste ano.
Abu Bakr al-Baghdadi era o líder do Estado Islâmico e foi morto em uma operação militar dos Estados Unidos.

By Nathan Morley
In the gruesome video, the so-called Islamic State said the murders were part of its recently declared campaign to avenge the deaths of its leader and spokesman in Syria.
The short video was released on December 26th, and timed to coincide with Christmas celebrations. It was filmed in an unidentified location.

Terror campaign

No details are yet known about the victims, who were all male, but IS say they were captured over recent weeks in Nigeria’s northeastern Borno State.
Abu Bakr al-Baghdadi, the late leader of the so-called Islamic State, was killed in Syria in late October.
Nearly 2 months later, on December 22nd, IS declared a new militant campaign to avenge his death, and has since claimed a flurry of attacks in various countries.

Boko Haram

One faction of Nigeria’s Islamist Boko Haram terrorist organization now fights under the banner of the Islamic State of West Africa province, or ISWAP.
Last year, ISWAP killed two midwives it had previously taken hostage.
Meanwhile, the United Nations Secretary General, Antonio Guterres, has expressed his deepest condolences to the families of the victims.

domingo, 22 de dezembro de 2019

"Silent Night": Persecuted Palestinian Christians Kept Out of Sight

"Silent Night": Persecuted Palestinian Christians Kept Out of Sight: In short, Palestinian Christians are suffering from the same patterns of persecution — including church attacks, kidnappings and forced conversion — that their coreligionists suffer in other Muslim nations. The difference, however, is that the

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Estado Islâmico mata sacerdote e seu pai em emboscada na fronteira da Síria com a Turquia

Estado Islâmico mata sacerdote e seu pai

Na segunda-feira, 11 de novembro, um sacerdote católico e seu pai foram assassinados pelo Estado Islâmico (ISIS) na região de Deir ez-Zora, no norte da Síria, perto da fronteira com a Turquia.
Segundo informa o jornal italiano ‘Avvenire’, Pe. Hovsep Petoyan e seu pai Abraham sofreram uma emboscada na estrada entre a cidade de Hasakeh e Deir ez-Zora, no distrito de Busayra.
Ambos estavam acompanhados pelo diácono Fati Sano em um carro SUV cinza, no qual se dirigiam para inspecionar as obras de restauração da bela igreja católica armênia de Deir ez-Zora.
Na emboscada, os terroristas abriram fogo assassinando o pai no local, enquanto seu filho, Pe. Hoysep, morreu depois por causa dos ferimentos. O diácono ficou ferido.
Na mesma região, pelo menos três civis ficaram feridos pela explosão de três bombas ao mesmo tempo em um mercado e que teriam sido colocadas em uma motocicleta e dois carros.
ACI

domingo, 3 de novembro de 2019

domingo, 27 de outubro de 2019

"Why Are You So Silent?": Persecution of Christians, August 2019

"Why Are You So Silent?": Persecution of Christians, August 2019: Boko Haram 'has terrorised Christian communities in Nigeria for the last decade and has now splintered and spread its violent ideology into Cameroon, Niger and Chad.' — Staff writer, Christian Today, August 8, 2019. 'They asked him to deny Christ and

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Christians Massacred, Media Look the Other Way

Christians Massacred, Media Look the Other Way: 'In the same week as the awful attack on the mosque in Christchurch, New Zealand... more than two hundred Christians were killed in Nigeria. There was hardly any mention of the latter in the news. There were no marches for martyred Christians, no tolling

sábado, 3 de agosto de 2019

Assassinato de padre católico na Nigéria


Homens armados atacam e 

assassinam sacerdote

quarta-feira, 26 de junho de 2019

perseguição sem fim

95 CHRISTIANS KILLED IN MALI ATTACK—‘NO ONE WAS SPARED’

June 22, 2019 by Lindy Lowry in 

Continue to pray with Christians in West Africa’s Sahel region (which includes Mali, Burkina Faso, Chad and Niger). An attack in Mali has killed an estimated 95 people, including men, women and children—a third of the village. While there are conflicting reports on the death toll, major news outlets reported “officials say 95 people have been found dead.” A contact on the ground in Mali confirmed that all those who died were Christians.

On Sunday evening, June 9, Fulani Muslim militants fired shots and set fire to the central Mali village of Sobame Da, near Sanga in the Mopti region. Many of the bodies were found burned.
A survivor of the attacks who called himself Amadou Togo told the AFP news agency: “About 50 heavily armed men arrived on motorbikes and pickups. They first surrounded the village and then attacked–anyone who tried to escape was killed.”
He added: “No one was spared–women, children, elderly people.”
According to a government statement, the attackers also killed animals and burned down houses.
A Malian security source at the site of the massacre said: “A Dogon village has been virtually wiped out.”
Mali has been immersed in conflict since 2013, when Islamist militants who had captured much of the country’s desert north established themselves in the country’s central and southern regions. They were pushed back to the Sahara in 2013 but eventually, reports the BBC, “the uprising—which had spread to the centre of Mali by 2015—decreased government control and increased the availability of weapons. ”
Throughout West Africa, especially in northern Nigeria, clashes with Fulani militants among the predominantly Muslim group have claimed thousands of lives as they raze entire villages and brutally kill and rape. In the attacks, Christians are indiscriminately targeted and Muslims are mostly spared. With less than 1 percent of professing Christians among them, they are yet unreached with the gospel. Almost 100 percent follow Islam, although there are varying degrees of dedication to Islam.

PRAYING WITH CHRISTIANS IN MALI AND THE SAHEL

Although the realities of violence like these attacks can be overwhelming, we have repeatedly seen how the Lord sovereignly uses the Body of Christ to bring hope and remind Christians on the front lines that they are not forgotten. These Christ followers are risking their lives to follow Jesus.
  • Pray that God would be near to our brokenhearted brothers and sisters in Mali and throughout Africa. Ask God to be tangibly close.
  • Ask God to pour out His Spirit of love, order and calm over these communities. Pray for safety and protection in the days ahead.
  • Ask God to intervene in this violence and bring the persecutors to justice. These attacks have gone on for too long.
  • As we see the magnitude of these attacks and previous ones, pray that God would end this movement.
  • Pray that God’s grace and mercy would be at work in this tragedy.
  • Pray with Christians and church leaders in the Sahel as God works through them to bring His comfort and strength.

domingo, 2 de junho de 2019

Beatificação de 7 bispos que se negaram a aderir ao Cisma

Celebração no Campo da Liberdade, em Blaj, reuniu dezenas de milhares de pessoas
Foto: Lusa
Blaj, 02 jun 2019 (Ecclesia) – O Papa Francisco presidiu hoje à celebração de beatificação de sete bispos romenos, considerados mártires pela Igreja Católica, que enfrentaram o regime comunista no século XX, condenando quem coloca a “ideologia” sobre as pessoas.
“Perante a feroz opressão do regime, [os bispos] demonstraram uma fé e um amor exemplares pelo seu povo. Com grande coragem e fortaleza interior, aceitaram ser sujeitos à dura prisão e a todo o tipo de maus-tratos, para não renegar a pertença à sua amada Igreja. Estes pastores, mártires da fé, recuperaram e deixaram ao povo romeno uma preciosa herança que podemos resumir em duas palavras: liberdade e misericórdia”, declarou, na homilia da Divina Liturgia que reuniu dezenas de milhares de pessoas na localidade de Blaj.
Francisco destacou que após a instauração do regime comunista na Roménia, os católicos enfrentaram uma política de “expulsão e aniquilação” que procurava silenciar as vozes dissonantes.
“É o que fazem as resistências e hostilidades que surgem no coração humano, quando no centro, em vez das pessoas, se colocam interesses particulares, rótulos, teorias, abstrações e ideologias, que, onde campeiam, nada mais fazem senão cegar tudo e a todos”, lamentou.
Sede testemunhas de liberdade e misericórdia, fazendo prevalecer a fraternidade e o diálogo sobre as divisões, incrementando a fraternidade do sangue que tem a sua origem no período de sofrimento em que os cristãos, divididos ao longo da história, se descobriram mais próximos e solidários”.
O último dia da viagem do Papa à Roménia, iniciada esta sexta-feira, é passado na região da Transilvânia, com a Divina Liturgia de beatificação dos sete bispos mártires greco-católicos (comunidade de rito oriental que reconhece a jurisdição do Papa), no Campo da Liberdade em Blaj.
O espaço está ligado à luta pela liberdade nacional e à perseguição dos católicos, durante o regime comunista do século XX, que a partir de 1948 exigia aos católicos que integrassem a comunidade ortodoxa, cuja jurisdição é nacional.
“Os novos Beatos sofreram e sacrificaram a sua vida, opondo-se a um sistema ideológico que recusava a liberdade, coercitivo dos direitos fundamentais da pessoa humana. Naquele triste período, a vida da comunidade católica foi colocada a dura prova pelo regime ditatorial e ateu: todos os bispos e muitos fiéis da Igreja Greco-Católica e da Igreja Católica de Rito Latino foram perseguidos e encarcerados”, recordou Francisco.
O Papa convidou todos os romenos a “superar o rancor com a caridade e o perdão”, alertando depois para novas “colonizações ideológicas”, de teor totalitário.
“Amados irmãos e irmãs, também hoje voltam a surgir novas ideologias que procuram, de maneira subtil, impor-se e desenraizar o nosso povo das suas mais ricas tradições culturais e religiosas, que desprezam o valor da pessoa, da vida, do matrimónio e da família”, advertiu.
No final da Missa, o Papa recitou a oração do Regina Coeli, antes da qual se dirigiu de novo à multidão, agradecendo o acolhimento que recebeu, por parte das autoridades religiosas e civis, na Roménia.
Aqui em Blaj, terra de martírio, liberdade e misericórdia, presto homenagem a vós, filhos da Igreja Greco-Católica, que, desde há três séculos, testemunhais com ardor apostólico a vossa fé. Que a Virgem Maria estenda a sua proteção materna sobre todos os cidadãos da Roménia, que sempre, ao longo da história, confiaram na sua intercessão. A Ela confio todos vós e peço-lhe que vos guie no caminho da fé para avançardes rumo a um futuro de autêntico progresso e paz e contribuirdes para a construção duma pátria cada vez mais justa e fraterna”.
Após a oração de bênção e consagração do ícone dos novos beatos, o cardeal Lucian Muresan dirige uma saudação ao Papa e, em nome da Igreja Greco-Católica Romena, oferece-lhe um presente de prata contendo algumas relíquias dos novos beatos.
OC
Os sete novos beatos da Igreja Católica
D. Vasile Aftenie, bispo e vigário-geral de Bucareste e do Vechiu Regat, faleceu no dia 10 de maio de 1950, no hospital prisional de Vacaresti, com 51 anos.
D. Valeriu Traian Frentiu, bspo de Oradea e decano dos bispos greco-católicos, morreu no dia 11 de julho de 1952, na prisão de Sighet; tinha 77 anos de idade.
D. Ioan Suciu, administrador apostólico da Igreja Metropolitana de Blaj, morreu de fome e por falta de tratamento médico em 27 de junho de 1953 na prisão de Sighet aos 46 anos.
D. Titus Liviu Chinezu, ordenado bispo na clandestinidade em 1949, faleceu no dia 15 de janeiro de 1955 na prisão de Sighet, doente, na ausência de qualquer tratamento médico; tinha 51 anos de idade.
D. Ioan Balan, bispo de Lugoj, morreu no dia 4 de agosto de 1959, aos 79 anos, no Mosteiro de Ciorogarla, onde se encontrava em prisão domiciliaria depois de ter sido separado dos outros três bispos que sobreviveram na prisão de Sighet.
D. Alexandru Rusu, bispo de Maramures, morreu aos 79 anos, no dia 9 de maio de 1963, na prisão de Gherla, onde cumpria uma sentença de prisão perpétua recebida em 1957 por “instigação e alta traição”.
D. Iuliu Hossu, bispo de Cluj-Gherla, que leu a declaração de união de 1918 em Alba Iulia (ato fundador da Roménia moderna), sobreviveu à prisão em Sighet; viveu em prisão domiciliária no Mosteiro de Caldarusani, onde morreu em 1970, com 85 anos de idade; foi nomeado cardeal em segredo (in pectore) em 1969, pelo Papa Paulo VI.

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Mais perseguição aos Católicos da África

Seis mortos em ataque a igreja católica no Burkina Faso

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20 a 30 homens armados mataram um padre e cinco outras pessoas a tiro antes de pegarem fogo à igreja, a lojas e a um café próximo. Não há detenções e o atentado não foi reivindicado.

Atacantes atearam fogo à igreja
Dia Online/Twitter
Um grupo de homens armados chegou de mota a uma igreja católica na cidade de Dablo, no Burkina Faso, interrompendo uma missa e matando a tiro seis pessoas. O The Guardian indica que os atacantes fizeram várias pessoas reféns antes de fugirem. A France 24 cita uma fonte dos serviços de segurança do país que indica que o atentado foi levado a cabo por “20 a 30 homens armados“.




Gunmen on motorcycles stormed a church in Burkina Faso 🇧🇫 Dablo on Sunday morning, killing 6 men, including the priest, before setting fire to the church and buildings in the areahttps://www.aib.media/blog/2019/05/burkina-six-catholiques-tues-dans-lattaque-dune-eglise/ 


Em comunicado oficial, o governo do país indica que os terroristas atearam propositadamente fogo à igreja, a uma loja próxima e a dois carros. Durante a fuga, os terroristas saquearam ainda um centro hospital local, destruindo o carro de um enfermeiro, de acordocom a CNN. A Vox avança que os atacantes terão destruído propositadamente estabelecimentos que servisse álcool. Os incêndios aparentam já ter sido controlados.




Breaking news ⏰
Burkina Faso, attacco ad una chiesa. Uccisi un prete e cinque fedeli.
L'irruzione di un gruppo di jihadisti nella parrocchia di Beato Isidore Bakanja di Dablo in Burkina Faso, ha ucciso il sacerdote Abbé Siméon Yampa, di 34 anni, e altre 5 persone.


A BBC afirma que os residentes estão frustrados pela demora na resposta das forças militares que se encontravam numa base do exército próxima. Fontes das forças de segurança indicaram à AFP que foram enviados reforços militares desde Barsalogho para ajudar nos esforços de busca e captura.
O presidente da câmara municipal de Dablo, Ousmane Zongo, explicou ao The Guardian que não foram feitas quaisquer detenções, e que se vive na cidade um “clima de terror”. A zona do ataque foi isolada pelo exército e a população recebeu ordens para permanecer dentro de casa.


Os franceses Patrick Picque (à direita) e Laurent Lassimouillas (à esquerda) falam à imprensa depois de serem resgatados pelos militares franceses. Ao centro, uma refém sul-coreana que não foi identificada. (FRANCOIS GUILLOT/AFP/Getty Images)
Segundo a AFP, desde 2015 morreram 400 pessoas no país em atentados terroristas levados a cabo por grupos extremistas islâmicos incluindo o Ansarul Islam, o Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos e o auto-proclamado Estado Islâmico do Grande Saara. Em abril, quatro católicos foram mortos numa aldeia próxima de Dablo. Semanas depois, um ataque a uma igreja protestante em Silgadji fez seis mortos.
Em fevereiro, o padre salesiano espanhol Antonio Cesar Fernandez fora morto na fronteira do Burkina Faso com o Togo, num ataque que tirou a vida também a quatro guardas fronteiriços. Também este ataque foi levado a cabo por um grupo de 20 homens armados.
O Centro Africano para Estudos Estratégicos nota que em 2015 houve três atos terroristas no país ligados ao extremismo islâmico. Em 2018 o número atingiu os 137.
Tanto a França — que colonizou o país até 1958 — como os Estados Unidos da América mantêm no Burkina Faso forças militares para combater grupos terroristas locais com ligações à al-Qaeda e ao auto-proclamado Estado Islâmico. A França tem cinco mil soldados entre Mali, Burkina Faso, Níger e Chade.
Os Estados Unidos anunciaram em fevereiro que iriam reforçar a sua presença na região. Segundo a CNN, os norte-americanos estavam a ponderar enviar mais conselheiros militares, operacionais dos serviços de informação e material de vigilância, como, por exemplo, drones para ajudar no combate à ameaça terrorista crescente. A administração Trump, contudo, mantinha a intenção de diminuir o número de militares no continente africano.

Políticos internacionais condenam o ataque

António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, reagiu ao atentado através do Twitter: “Estou horrorizado pelas notícias que chegam do Burkina Faso. Novamente um local de fé é alvo de violência. Os espaços de preces devem ser abrigos, não alvos“.
Em março, 50 pessoas foram mortas em duas mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia. O atirador estava ligado ao movimento de supremacia racial branca. Já no final de abril, um único atacante, de extrema-direita, matou uma pessoa e feriu outras três num ataque a uma sinagoga na Califórnia, Estados Unidos da América.
Appalled by the news coming from Burkina Faso. Once again, a place of worship is the target of violence. Houses of worship should be havens, not targets.
449 pessoas estão falando sobre isso
Já o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, sublinhou que “o genocídio de cristãos por todo o mundo tem de parar”.
A priest and five worshippers were killed in during mass. My thoughts go out to the families of the victims. The genocide of Christians around the world must stop!
226 pessoas estão falando sobre isso
O presidente do Burkina Faso, Roch Kaboré, demonstrou pesar após o atentado, em declarações ao Burkina 24: “Condeno energicamente o ataque levado a cabo contra a igreja católica de Dablo. É completamente inaceitável“.
O maior partido da oposição, o UPC, chamou atenção para o crescendo de violência religiosa no Burkina Faso, considerando a série de ataques a igrejas nos últimos meses como uma “nova tática” de um inimigo comum: “A estratégia consiste em dividir-nos, a opor-nos para nos fazer combater”. O UPC pediu que o regresso da “tolerância lendária” do país.
Cerca de 60% da população do Burkina Faso é muçulmana, enquanto que 23% pratica o cristianismo, segundo um censo de 2006. Historicamente, os dois grupos mantiveram relações pacíficas, mas houve um aumento visível nos incidentes violentos nos últimos quatro anos, ligado à crescente presença de grupos extremistas na região.

**Notícia atualizada às 23h18 de 12 de maio de 2019, corrigindo um erro na tradução das declarações de António Guterres**
Siméon Yampa, um padre de 34, foi uma das vítimas mortais

Burkina Faso vive crescendo de violência terrorista

Este é o terceiro ataque a igrejas católicas no país em cinco semanas, e surge dois dias depois das forças especiais francesas terem libertado quatro pessoas sequestradas no norte do país. Dois soldados
morreram durante o resgate. Temia-se que os reféns fossem entregues a um grupo extremista islâmico, a Frente de Libertação de Macina.



Os franceses Patrick Picque (à direita) e Laurent Lassimouillas (à esquerda) falam à imprensa depois de serem resgatados pelos militares franceses. Ao centro, uma refém sul-coreana que não foi identificada. (FRANCOIS GUILLOT/AFP/Getty Images)
Segundo a AFP, desde 2015 morreram 400 pessoas no país em atentados terroristas levados a cabo por grupos extremistas islâmicos incluindo o Ansarul Islam, o Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos e o auto-proclamado Estado Islâmico do Grande Saara. Em abril, quatro católicos foram mortos numa aldeia próxima de Dablo. Semanas depois, um ataque a uma igreja protestante em Silgadji fez seis mortos.
Em fevereiro, o padre salesiano espanhol Antonio Cesar Fernandez fora morto na fronteira do Burkina Faso com o Togo, num ataque que tirou a vida também a quatro guardas fronteiriços. Também este ataque foi levado a cabo por um grupo de 20 homens armados.
O Centro Africano para Estudos Estratégicos nota que em 2015 houve três atos terroristas no país ligados ao extremismo islâmico. Em 2018 o número atingiu os 137.
Tanto a França — que colonizou o país até 1958 — como os Estados Unidos da América mantêm no Burkina Faso forças militares para combater grupos terroristas locais com ligações à al-Qaeda e ao auto-proclamado Estado Islâmico. A França tem cinco mil soldados entre Mali, Burkina Faso, Níger e Chade.
Os Estados Unidos anunciaram em fevereiro que iriam reforçar a sua presença na região. Segundo a CNN, os norte-americanos estavam a ponderar enviar mais conselheiros militares, operacionais dos serviços de informação e material de vigilância, como, por exemplo, drones para ajudar no combate à ameaça terrorista crescente. A administração Trump, contudo, mantinha a intenção de diminuir o número de militares no continente africano.

Políticos internacionais condenam o ataque

António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, reagiu ao atentado através do Twitter: “Estou horrorizado pelas notícias que chegam do Burkina Faso. Novamente um local de fé é alvo de violência. Os espaços de preces devem ser abrigos, não alvos“.
Em março, 50 pessoas foram mortas em duas mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia. O atirador estava ligado ao movimento de supremacia racial branca. Já no final de abril, um único atacante, de extrema-direita, matou uma pessoa e feriu outras três num ataque a uma sinagoga na Califórnia, Estados Unidos da América.
Appalled by the news coming from Burkina Faso. Once again, a place of worship is the target of violence. Houses of worship should be havens, not targets.

449 pessoas estão falando sobre isso
Já o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, sublinhou que “o genocídio de cristãos por todo o mundo tem de parar”.
A priest and five worshippers were killed in during mass. My thoughts go out to the families of the victims. The genocide of Christians around the world must stop!

226 pessoas estão falando sobre isso
O presidente do Burkina Faso, Roch Kaboré, demonstrou pesar após o atentado, em declarações ao Burkina 24: “Condeno energicamente o ataque levado a cabo contra a igreja católica de Dablo. É completamente inaceitável“.
O maior partido da oposição, o UPC, chamou atenção para o crescendo de violência religiosa no Burkina Faso, considerando a série de ataques a igrejas nos últimos meses como uma “nova tática” de um inimigo comum: “A estratégia consiste em dividir-nos, a opor-nos para nos fazer combater”. O UPC pediu que o regresso da “tolerância lendária” do país.
Cerca de 60% da população do Burkina Faso é muçulmana, enquanto que 23% pratica o cristianismo, segundo um censo de 2006. Historicamente, os dois grupos mantiveram relações pacíficas, mas houve um aumento visível nos incidentes violentos nos últimos quatro anos, ligado à crescente presença de grupos extremistas na região.

**Notícia atualizada às 23h18 de 12 de maio de 2019, corrigindo um erro na tradução das declarações de António Guterres**

Os franceses Patrick Picque (à direita) e Laurent Lassimouillas (à esquerda) falam à imprensa depois de serem resgatados pelos militares franceses. Ao centro, uma refém sul-coreana que não foi identificada. (FRANCOIS GUILLOT/AFP/Getty Images)
Segundo a AFP, desde 2015 morreram 400 pessoas no país em atentados terroristas levados a cabo por grupos extremistas islâmicos incluindo o Ansarul Islam, o Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos e o auto-proclamado Estado Islâmico do Grande Saara. Em abril, quatro católicos foram mortos numa aldeia próxima de Dablo. Semanas depois, um ataque a uma igreja protestante em Silgadji fez seis mortos.
Em fevereiro, o padre salesiano espanhol Antonio Cesar Fernandez fora morto na fronteira do Burkina Faso com o Togo, num ataque que tirou a vida também a quatro guardas fronteiriços. Também este ataque foi levado a cabo por um grupo de 20 homens armados.
O Centro Africano para Estudos Estratégicos nota que em 2015 houve três atos terroristas no país ligados ao extremismo islâmico. Em 2018 o número atingiu os 137.
Tanto a França — que colonizou o país até 1958 — como os Estados Unidos da América mantêm no Burkina Faso forças militares para combater grupos terroristas locais com ligações à al-Qaeda e ao auto-proclamado Estado Islâmico. A França tem cinco mil soldados entre Mali, Burkina Faso, Níger e Chade.
Os Estados Unidos anunciaram em fevereiro que iriam reforçar a sua presença na região. Segundo a CNN, os norte-americanos estavam a ponderar enviar mais conselheiros militares, operacionais dos serviços de informação e material de vigilância, como, por exemplo, drones para ajudar no combate à ameaça terrorista crescente. A administração Trump, contudo, mantinha a intenção de diminuir o número de militares no continente africano.

Políticos internacionais condenam o ataque

António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, reagiu ao atentado através do Twitter: “Estou horrorizado pelas notícias que chegam do Burkina Faso. Novamente um local de fé é alvo de violência. Os espaços de preces devem ser abrigos, não alvos“.
Em março, 50 pessoas foram mortas em duas mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia. O atirador estava ligado ao movimento de supremacia racial branca. Já no final de abril, um único atacante, de extrema-direita, matou uma pessoa e feriu outras três num ataque a uma sinagoga na Califórnia, Estados Unidos da América.

Appalled by the news coming from Burkina Faso. Once again, a place of worship is the target of violence. Houses of worship should be havens, not targets.


Já o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, sublinhou que “o genocídio de cristãos por todo o mundo tem de parar”.

A priest and five worshippers were killed in during mass. My thoughts go out to the families of the victims. The genocide of Christians around the world must stop!


O presidente do Burkina Faso, Roch Kaboré, demonstrou pesar após o atentado, em declarações ao Burkina 24: “Condeno energicamente o ataque levado a cabo contra a igreja católica de Dablo. É completamente inaceitável“.


O maior partido da oposição, o UPC, chamou atenção para o crescendo de violência religiosa no Burkina Faso, considerando a série de ataques a igrejas nos últimos meses como uma “nova tática” de um inimigo comum: “A estratégia consiste em dividir-nos, a opor-nos para nos fazer combater”. O UPC pediu que o regresso da “tolerância lendária” do país.
Cerca de 60% da população do Burkina Faso é muçulmana, enquanto que 23% pratica o cristianismo, segundo um censo de 2006. Historicamente, os dois grupos mantiveram relações pacíficas, mas houve um aumento visível nos incidentes violentos nos últimos quatro anos, ligado à crescente presença de grupos extremistas na região.
**Notícia atualizada às 23h18 de 12 de maio de 2019, corrigindo um erro na tradução das declarações de António Guterres**