18/4/2014 às 18h36
Cristãos são crucificados por radicais na Síria, afirma freira
Rádio Vaticano divulgou entrevista no dia em que relembra a morte de Jesus Cristo
Cristãos que se recusaram a professar a fé muçulmana ou pagar resgate foram crucificados por jihadistas nesta sexta-feira (18) na Síria, denunciou uma freira síria à Rádio Vaticano.
De acordo com a irmã Raghid, ex-diretora da escola do patriarcado grego-católico de Damasco, e que agora vive na França, "em cidades ou vilas ocupadas por elementos armados, os jihadistas e todos os grupos extremistas muçulmanos oferecem aos cristãos a shahada (a fé muçulmana) ou a morte. Em alguns casos pediram resgate".
— Por ser impossível renunciar à sua fé, sofreram o martírio. E o martírio de uma maneira extremamente desumana, de extrema violência. Em Maalula, por exemplo, crucificaram dois jovens porque eles recusaram a shahada.
Segundo a freira, em outra ocasião, "um jovem foi crucificado em frente a seu pai, que foi morto em seguida".
— Isso aconteceu em Abra, na zona industrial na periferia de Damasco.
De acordo com ela, depois dos massacres, os jihadistas "pegaram as cabeças das vítimas e jogaram futebol com elas", e ainda levaram os bebês das mulheres e "os penduraram em árvores com os seus cordões umbilicais".
A Rádio Vaticano publicou esta entrevista nesta Sexta-feira Santa, dia que a Igreja lembra a crucificação de Cristo em Jerusalém.
Enquanto a guerra civil cria espaço para massacres cometidos por todas as partes, a minoria cristã se posciona a favor do regime de Bashar al Assad , temendo justamente os islâmicos.
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