Explosões em hotéis e igrejas matam mais de 200 no Sri Lanka
Fiéis celebravam missa de Páscoa no momento das explosões. Segundo a polícia,
ao menos dois homens-bombas participaram dos atentados
Redação, O Estado de S.Paulo
21 de abril de 2019 | 04h26
Atualizado 21 de abril de 2019 | 09h33
Atualizado 21 de abril de 2019 | 09h33
elo menos 207 pessoas morreram em uma série de atentados com explosivos contra quatro hotéis de luxo, um complexo de casas e três igrejas no Sri Lanka, onde fiéis celebravam a missa de Páscoa neste domingo, 21. Entre os mortos, nove são estrangeiros, segundo as últimas informações. Há aproximadamente 450 feridos. O governo decretou estado de emergência em todo o país e impôs toque de recolher por tempo indeterminado, temendo novos ataques. Segundo a polícia, ao menos dois homens-bombas participaram das explosões.
As primeiras explosões aconteceram de forma coordenada em ao menos três hotéis de luxo de Colombo, capital de Sri Lanka, em uma igreja também da capital e outra em Katana, zona oeste do país. A terceira igreja atingida fica em Batticaloa, na zona leste da ilha, segundo Ruwan Gunasekara, porta-voz da polícia do Sri Lanka.
Horas mais tarde, uma outra explosão foi registrada em um pequeno hotel próximo a um zoológico de Dehiwala, na capital, e matou pelo menos duas pessoas. A última detonação aconteceu em um complexo de casas na região de Dermatagoda, também em Colombo. Nesta, pelo menos três policiais foram mortos, segundo o secretário de Defesa, Hemasiri Fernando. De acordo com a polícia, a explosão foi causada por um homem-bomba.
O ministro das Reformas Econômicas e Distribuição Pública, Harsha de Silva, escreveu no Twitter que as duas explosões parecem que foram "causadas por pessoas que fogem da justiça". O ministro de Defesa, Ruwan Wijewardene, afirmou em entrevista coletiva que serão tomadas "medidas contra qualquer grupo extremista que estiver operando" no Sri Lanka. Por enquanto, nenhum grupo reivindicou a autoria dos ataques.
O arcebispo de Colombo, Malcom Ranjit, pediu às autoridades que "castiguem sem piedade" os responsáveis pelos atentados deste domingo. "Quero pedir ao governo que conduza uma investigação sólida e imparcial para determinar os responsáveis por este ato. E também que os castigue sem piedade, pois apenas animais podem se comportar assim", declarou.
Autoridades condenam ataques
Durante as celebrações de Páscoa, no Vaticano, o Papa Francisco condenou o atentado. Ele afirmou que o episódio trouxe "pesar e sofrimento a várias igrejas e outros lugares de reunião em Sri Lanka". O Papa chamou o atentado de “violência cruel” e afirmou estar “perto” das vitimas da tragédia.
Os atentados conta minorias religiosas estão voltando a se repetir. Em 2018, o governo declarou estado de emergência após os enfrentamentos entre muçulmanos e budistas resultarem na morte de duas pessoa e na prisão de dezenas. No Sri Lanka, a população cristã representa 7% do total, enquanto os budistas chegam aos 70%. / AFP, EFE e REUTERS
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