terça-feira, 28 de abril de 2015

A extinção do cristianismo na Turquia

A Hagia Sophia em Istambul, a maior catedral do mundo cristão de outrora.
(imagem: Antoine Taveneaux/Wikimedia Commons)
Enquanto cristãos ortodoxos orientais comemoravam recentemente a Semana Santa, uma igreja de valor histórico inestimável em Istambul, a outrora magnífica cidade cristã de Constantinopla, está testemunhando mais um abuso nas mãos das autoridades ora no poder.
"A catedral e o museu da histórica Istambul, Hagia Sophia, presenciaram a primeira vez que o Alcorão foi recitado sob seu teto no sábado após 85 anos", segundo foi noticiado pela agência estatal de notícias Anatolian News Agency da Turquia. "O Departamento para Assuntos Religiosos inaugurou a exibição "Amor do Profeta", como parte das comemorações do nascimento do Profeta islâmico Maomé".
Muito embora os cristãos sejam uma pequena minoria na Turquia de hoje, o cristianismo tem uma longa história na Ásia Menor, terra natal de diversos apóstolos e santos cristãos, inclusive Paulo de Tarso, Timóteo, Nicolau de Mira (Lícia) e Policarpo de Esmirna.
Todos os sete primeiros Concílios Ecumênicos foram celebrados no que é a Turquia de hoje. Dois dos cinco centros (Patriarcados) da antiga Pentarquia, Constantinopla (Istambul) e Antioquia (Antakya), também estão localizados na Turquia. Antioquia foi o lugar em que pela primeira vez os seguidores de Jesus foram chamados de "cristãos".
A Turquia também é a terra natal das Sete Igrejas da Ásia, para onde foram enviadas as Revelações de João. Nos séculos seguintes inúmeras igrejas foram construídas naquela região.
Uma delas, a Hagia Sophia já foi a maior catedral do mundo cristão, até a queda de Constantinopla nas mãos dos otomanos em 29 de maio de 1453, seguida por três dias de saques desenfreados.[1]
Hagia Sophia não foi poupada. Os saqueadores invadiram a Hagia Sophia destruindo os portões. Sitiados dentro da igreja, congregados e refugiados se tornaram espólio a ser dividido entre os invasores otomanos.
O historiador Steven Runciman relata em The Fall of Constantinople (A Queda de Constantinopla), 1453:
"eles massacraram qualquer um que estivesse nas ruas, homens, mulheres e crianças sem distinção. O sangue jorrava como em rios ruas abaixo das alturas de Petra ao Chifre de Ouro. Rapidamente a ânsia pelo morticínio foi se acalmando. Os soldados logo perceberam que cativos e peças preciosas lhes trariam grande lucro".[2]
Após a queda da cidade, a Igreja Hagia Sophia foi transformada em mesquita.
Uma mesquita com o nome de Hagia Sophia (em grego Ἁγία Σοφία, "Sabedoria Sagrada") é permitido desde que a igreja esteja sob o controle de uma teocracia islâmica. É como se houvesse uma mesquita chamada "A Mesquita Armênia da Cruz Sagrada".
Nos anos 1930, o governo turco a transformou em um museu. Agora, transformá-la em um museu não denota um verdadeiro estado democrático. Uma das características em comum entre o Império Otomano e a Turquia moderna parece ser a intolerância às igrejas.
Em 2013 o vice-primeiro-ministro da Turquia Bulent Arinc, expressou seu desejo de ver o Museu Hagia Sophia ser usado como mesquita, até referindo-se a ele como "Mesquita Hagia Sophia".
"A Turquia não está transformando igrejas em mesquitas porque há uma carência de mesquitas ou porque a Turquia não dispõe de recursos para construí-las", segundo Constantine Tzanos. "A mensagem transmitida por aqueles na Turquia que materializaram a conversão de igrejas cristãs em mesquitas e que preconizam a conversão da Hagia Sofia é a de que a Turquia é um país islâmico e não é tolerada nenhuma outra religião".
Em novembro de 2014, o Papa Francisco foi o quarto Papa a visitar a Turquia. O porta-voz do ministério das relações exteriores da Turquia Tanju Bilgic disse aos repórteres que durante a visita, a questão de uma "aliança de civilizações, diálogo de culturas, xenofobia, a luta contra o racismo e desenvolvimento político na região" fazem parte de agenda do Papa.
A agenda do Papa Francisco devia na realidade incluir as igrejas da Turquia que foram destruídas, danificadas ou convertidas em muitas coisas, inclusive estábulos, como a histórica Igreja Armênia Gregoriana na província de Izmir (Esmirna). "Há cidadãos que colocam suas vacas e cavalos dentro da igreja, ao mesmo tempo que os vizinhos reclamam que a igreja se transformou em antro de viciados e alcoólatras", de acordo com o jornal Milliyet.
Outra vítima da intolerância de igrejas na Turquia, a Igreja Bizantina Agios Theodoros em Istambul, foi primeiro convertida em mesquita durante o governo do Sultão Otomano Mehmed II, recebeu o nome em homenagem a Mollah Gurani, o quarto Sheikh-ul-Islam (a autoridade que governava os assuntos religiosos dos muçulmanos no Império Otomano).
Foi reportado em março de 2014 que a entrada da ex-mesquita/igreja se transformou em uma "casa" e o andar superior em um "apartamento". Uma cabana foi construída em seu jardim. O quarto do padre é agora o banheiro.
Séculos depois, os hábitos dos turcos otomanos, ao que tudo indica, não mudaram.
Hoje a Turquia conta com uma percentagem menor de cristãos em relação a sua população do que a de qualquer um de seus vizinhos, menos que na Síria, Iraque ou Irã. A maior causa disso foram os massacres ou genocídios assírios,armênios e gregos ocorridos entre 1915 e 1923.
Pelo menos 2,5 milhões de cristãos nativos da Ásia Menor foram mortos, abertamente massacrados ou vítimas de deportações, trabalho escravo ou marchas da morte. Muitos deles morriam em campos de concentração, de doenças ou inanição.
Muitos gregos que sobreviveram ao massacre foram expulsos de suas casas na Ásia Menor em 1923, quando da troca forçada da população entre a Turquia e a Grécia.
A devastação física foi seguida pela devastação cultural. Do começo ao fim da história da república turca, inúmeras igrejas e escolas cristãs foram destruídas ou transformadas em mesquitas, depósitos e estábulos, entre outras coisas.
O colunista Raffi Bedrosyan relata no Armenian Weekly que
"sobraram somente 34 igrejas e 18 escolas hoje na Turquia, a maioria em Istambul, com menos de 3.000 estudantes nessas escolas".
...
"Estudos recentes estimam que havia cerca de 2.300 igrejas armênias na Turquia antes de 1915. O número de escolas antes de 1915 é estimado em aproximadamente 700 com 82.000 estudantes. Esses números valem apenas para igrejas e escolas sob jurisdição do Patriarcado Armênio de Istambul e da Igreja Apostólica e, portanto não incluem as inúmeras igrejas e escolas pertencentes às paróquias armênias católicas e protestantes".
Walter Flick, estudioso da International Society for Human Rights na Alemanha, afirma que a minoria cristã na Turquia não usufrui dos mesmos direitos que a maioria muçulmana.
"A Turquia tem aproximadamente 80 milhões de habitantes", segundo ele. "Há apenas cerca de 120.000 cristãos, ou seja, menos de um por cento da população. Os cristãos, sem a menor sombra de dúvida, são vistos como cidadãos de segunda classe. O cidadão de verdade é muçulmano e os que não são muçulmanos são vistos com suspeita".
De acordo com um levantamento de 2014, 89% da população turca disseram que o que define uma nação é fazer parte de uma determinada religião. Entre os 38 países que responderam à pergunta, se fazer parte de uma religião específica (Islã) é importante na definição do conceito de uma nação, a Turquia com 89% da população concordando, ficou em primeiro lugar no mundo. [3]
"De certa maneira a política de Ancara contra os cidadãos cristãos da Turquia acrescentou um viés moderno e uma crueldade sofisticada às normas e práticas otomanas", explica a cientista política Dra. Elizabeth H. Prodromou e o historiador Dr. Alexandros K. Kyrou. "Nas palavras de um hierarca anônimo da igreja na Turquia, temeroso pela vida de seu rebanho, os cristãos na Turquia são uma espécie ameaçada de extinção".
Em 4 abril de 1949, os signatários da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em Washington D.C.anunciaram: "As Partes desse Tratado reafirmam sua fé nos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas e no desejo de viver em paz com todos os povos e todos os governos. Elas estão determinadas a salvaguardar a liberdade, civilização e herança comum de seus povos, fundamentados nos princípios da democracia, liberdade individual e estado de direito. Elas procuram promover estabilidade e bem-estar no âmbito do Atlântico Norte. Elas são resolutas quanto à união de seus esforços quanto à defesa coletiva e à preservação da paz e segurança".
Fazer parte da União Européia e da OTAN requer respeitar os valores humanistas, judaicos, cristãos, helenistas e seculares que caracterizam a civilização ocidental e vêm contribuindo para os direitos civis, democracia, filosofia e ciência, dos quais todos podem se beneficiar.
Lamentavelmente a Turquia, membro da OTAN desde 1952 e ao que consta, candidata a membro da União Européia, logrou, quase que por completo, destruir toda a herança cultural cristã da Ásia Menor.
Tudo isso lembra o que o EIIS e demais exércitos jihadistas vêm fazendo no Oriente Médio. Na Turquia a população cristã remanescente, netos dos sobreviventes do genocídio, ainda estão expostos à discriminação. Os velhos hábitos dos turcos otomanos parecem não morrer.
Notas:

[1] Runciman, Steven (1965). The Fall of Constantinople, 1453. Cambridge: Cambridge University Press.
[2] Ibid.
[3] Em 2014, o Professor Ersin Kalaycioglu da Universidade de Sabanci e o Professor Ali ‎Carkoglu da Universidade de Koc conduziram a pesquisa "Nacionalismo na Turquia e no mundo", baseada nas entrevistas de cidadãos turcos com idade acima de 18 anos em 64 cidades por toda a Turquia. "De modo que de acordo com os cidadãos (turcos) nas ruas, turco é aquele que é muçulmano", segundo o Prof. Carkoglu.


Uzay Bulut
, muçulmana de nascença, é uma jornalista turca estabelecida em Ancara.
Do Gatestone Institute.
Original em inglês: 
Churches in Turkey on the Verge of Extinction
Tradução: Joseph Skilnik

domingo, 26 de abril de 2015

A destruição do Cristianismo pelos muçulmanos, na Nigéria.

Igreja destruida na Nigéria
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Fratres in Unum.com: “Cabe a Deus a vingança e a retribuição”, de acordo com Dom Oliver Dashe Doeme, bispo de diocesano de Maiduguri, Nigéria, falando à agência de notícias da Ajuda a Igreja que Sofre. Durante a Semana Santa, o bispo visitou as paróquias destruídas pelos maometanos terroristas do Boko Haran, que têm disseminado o ódio e a destruição no país africano. Os fiéis visitados demonstraram um grande anseio em receber o Sacramento da Confissão e o senhor bispo, juntamente com os padres que o acompanhavam, atendeu, em muitas delas, os penitentes por mais de três horas.
Em uma série de Missas pela Reconciliação e Reparação, Dom Dashe encarajou os fiéis a permanecer firmes na fé, apesar dos sofrimentos que têm experimentado. Ele os instou a seguir o exemplo de Cristo e a perdoar os terroristas por seus sacrilégios e ódio.
Créditos: Arquidiocese de Melborne – 

segunda-feira, 20 de abril de 2015

DEGOLA DE CRISTÃOS NA SÍRIA. JÁ NÃO É MAIS NOTÍCIA, É ROTINA.

Terror! Estado Islâmico publica vídeo com execução de cristãos

19/4/15
O vídeo mostra cerca de trinta homens, supostamente cristãos etíopes, sendo executados por jihadistas na Líbia
O grupo Estado Islâmico (EI) publicou neste domingo (19), em sites jihadistas, um vídeo mostrando cerca de trinta homens, supostamente cristãos etíopes, sendo executados por jihadistas na Líbia.
O vídeo, de 29 minutos, mostra um grupo de pelo menos 16 homens decapitados em uma praia e um outro grupo de 12 pessoas sendo mortas baleadas em uma área de deserto. Eles são identificados como membros da “Igreja etíope inimiga”.
Nas imagens homens, apresentados como cristãos sírios, aparecem explicando que os jihadistas lhes deram a opção de se converterem ao Islã ou pagar uma multa, e que eles decidiram dar dinheiro.
O EI controla áreas inteiras da Síria e do Iraque, onde proclamou um califado, em que multiplica assassinatos e execuções. Alguns desses atos são filmados em vídeo e transmitidos – como o deste domingo – como forma de propaganda para os jihadistas.


Naufrágio no Mar Mediterrâneo pode ter matado 700 pessoas

JAMIL CHADE - O ESTADO DE S. PAULO
19 Abril 2015 | 06h 28

Se mortes forem confirmadas, será o maior naufrágio da história da travessia de imigrantes; Itália denuncia 'novo tráfico de escravos'

Atualizado às 14h00.
GENEBRA - O Mar Mediterrâneo vive seu pior acidente envolvendo imigrantes e o desaparecimento de cerca de 700 pessoas mergulha a Europa em uma crise política. Na noite entre sábado e domingo, um velho pesqueiro de 30 metros que cruzava o mar com imigrantes irregulares naufragou e, por enquanto, apenas 28 pessoas foram resgatadas com vida. Para líderes, a Europa vive um fluxo de imigração de "proporções épicas" e um novo "tráfico de escravos".
O bloco anunciou uma reunião de emergência de seus líderes para a semana diante da constatação de que o ano já soma 1,6 mil mortes, 30 vezes as taxas de 2014.  Mas o novo acidente levou o papa Francisco a fazer duras críticas, enquanto a ONU acusou os governos europeus de não agir para não perder votos em eleições.
Segundo a ONU, testemunhas que sobreviveram indicaram que o barco continha até 700 pessoas. Se confirmado, esse seria o maior desastre já registrado no mar que, nos últimos anos, passou a ser o caminho usado por milhares de africanos e árabes para chegar até a Europa.
Esse é também o segundo desastre de grande escala no Mediterrâneo em apenas uma semana, gerando séria pressão contra governos europeus. Há oito dias, outros 400 imigrantes não sobreviveram em mais um naufrágio. A pobreza na África, mas também a guerra na Síria, no Iraque, a instabilidade na Somália, o caos político no Iêmen tem contribuído para um salto no número de pessoas tentando chegar até a Europa e saindo, na maioria dos casos da costa da Líbia.
No acidente deste fim de semana, o barco teria virado 27 quilômetros da costa da Líbia e 220 quilômetros de Lampedusa, ilha no Sul da Itália. Segundo testemunhas, o naufrágio teria ocorrido quando os imigrantes avistaram um barco comercial de bandeira portuguesa e tentaram chamar a atenção, correndo todos para o mesmo lado. Organizado por grupos criminosos, a travessia usa barcos em estado crítico e que não teriam condições de viagem.
A marinha de Malta e da Itália, assim como barcos comerciais, atuam nas buscas e o governo de Mateo Renzi em Roma convocou uma reunião de emergência.
Crise. Renzi quer um encontro de todos os líderes europeus, o que segundo ele teria o apoio de Barack Obama.  Mas o debate sobre o destino dos imigrantes reabriu uma crise dentro do bloco. Para os países do Sul, a UE precisa garantir a volta de uma operação sistemática de resgates, mas também aceitar que os estrangeiros devem ser repartidos entre os 28 países do bloco. "Essa é uma tragédia europeia e não é apenas um problema da Itália", declarou o italiano, que ligou para François Hollande, Angela Merkel e David Cameron ontem pedindo apoio.
"Essa é uma questão política diante de um massacre. Não podemos usar uma visão burocrática de que esse é um problema de outros. Não podemos mais usar de demagogia. Estamos diante de uma grande pressão internacional", alertou Renzi.
Mas a proposta italiana tem encontrado resistência pelos países do norte que preferem não ter a responsabilidade de receber esses imigrantes. "Temos dito muitas vezes a frase "Nunca Mais", declarou Federica Mogherini, chefe da diplomacia da UE. "Chegou a hora de que a Europa trate dessas tragédias sem demoras", defendeu. Amanhã, os ministros de Relações Exteriores do bloco se reúnem para lidar com o caso.
"O que está ocorrendo tem proporções épicas", alertou o primeiro-ministro de Malta, Joseph Muscar. "Se a Europa continuar a se fazer de cega, seremos todos julgados da mesma forma que a Europa julgou a Europa quando virou a cada diante do genocídio", alertou.
Em Paris, Hollande preferiu mudar o foco do debate, preferindo atacar os grupos criminosos que organizam as travessias. Para ele, se de fato um reforço do resgate precisa ocorrer, ele também defende que haja "uma luta ainda mais intensa contra as pessoas que colocam os imigrantes nos barcos".  "Eles são traficantes e até terroristas", disse.
Renzi também deixou claro que a luta passa por um diálogo com o governo da Líbia para tentar conter a saída de imigrantes e lutar contra os traficantes. "Esse é o novo tráfico de escravos", disse. "Não adiante apenas colocar mais dez barcos para resgatar. No momento da tragédia, havia um barco atuando no resgate. Precisamos impedir que essas pessoas saiam de seus portos. Se não solucionarmos a situação líbia, não haverá uma solução", insistiu.
Na Líbia, que vive um caos político, apenas três navios estão em funcionamento para monitorar a costa. Emu ma semana, mais de 60 barcos de imigrantes deixaram sua costa.

sábado, 18 de abril de 2015

18/4/15

A polícia italiana prendeu 15 homens suspeitos de obrigarem 12 imigrantes cristãos de pularem de um barco em pleno Mediterrâneo durante uma travessia entre o continente africano e a costa da Itália.
De acordo com a polícia de Palermo, os homens presos eram da Costa do Marfim, do Mali e do Senegal. Eles serão acusados de múltiplo homicídio motivado por ódio religioso. Além de provocarem a morte dos imigrantes, que vinham da Nigéria e de Gana, eles ameaçaram outros cristãos que estavam no barco.
 
De acordo com a BBC, eles estavam entre 105 pessoas que viajam em um barco inflável vindos da Líbia. Segundo os sobreviventes, outros cristãos que estavam no barco relataram terem sido ameaçados.
Segundo a CNN, os outros passageiros se salvaram porque formaram um cordão humano que evitou que eles fossem lançados no mar.
O incidente agrava uma crise humanitária: segundo a Organização Internacional para a Migração (IOM, siga em inglês), cerca de 20 mil pessoas chegaram à costa italiana este ano - durante a travessia, mais de 900 pessoas morreram desde o começo de 2015.
 
No ano passado, foram 3.200 mortes registradas e, desde 2000, 22 mil pessoas morreram tentando chegar à Itália.
 
No ano passado, 170 mil pessoas fugiram da África e do Oriente Médio e realizaram a travessia, de pelo menos 500 km, até a Itália.
 


quarta-feira, 15 de abril de 2015

QUEIMADO VIVO POR SER CRISTÃO

Queimado por ser cristão, adolescente fica em estado grave no Paquistão

Um adolescente paquistanês está entre a vida e a morte em um hospital no leste do Paquistão depois que dois jovens tentaram queimá-lo vivo supostamente por ser cristão, segundo informaram fontes oficiais à Agência Efe na terça-feira.
"Nauman Masih está em situação muito crítica e respirando com a ajuda de aparelhos, com 55% do corpo queimado", disse o superintendente médico do Hospital Mayo de Lahore, o doutor Amjad Shehzad.
O médico explicou que, "quando 55% do corpo está queimado, há menos possibilidades de sobreviver" e que Masih "pode falar, mas não confortavelmente".
O inspetor policial Safdar Ali disse que o ferido o contou que "dois homens jovens encapuzados o pararam e perguntaram a que religião pertencia".
"Quando respondeu que era cristão, foi agredido e atiraram querosene e atearam fogo nele", explicou o porta-voz policial.
O fato ocorreu na sexta-feira em Lahore, capital da província de Punyab, onde no mês passado um ataque com bombas contra duas igrejas reivindicado pelo grupo insurgente Jamaat-ul-Ahrar (JuA) causou a morte de 15 pessoas e deixou 75 feridos.
Em novembro, um casal cristão foi assassinado nesta província e seus foram corpos queimados por um grupo que o acusou de profanar o Corão.
O Paquistão é uma república islâmica na qual quase 97% de seus 180 milhões de habitantes são muçulmanos e apenas 1,5 % são cristãos. 

sábado, 4 de abril de 2015

O Islã massacra cristãos de novo: Quênia


Ataque do Al-Shabab deixa 147 mortos (cristãos) em universidade no nordeste do Quênia

O ESTADO DE S. PAULO
02 Abril 2015 | 09h 05

Militantes atacaram dormitórios e tinham como alvo cristãos da Universidade Garissa; pelo menos 79 pessoas ficaram feridas


(Atualizado às 15h33) NAIRÓBI - Integrantes do grupo extremista Al-Shabab atacaram uma universidade no nordeste do Quênia na manhã desta quinta-feira, 2, matando 147 pessoas, segundo o ministro do Interior, Joseph Nkaissery. Outras 79 ficaram feridas. O ataque teve como alvo os cristãos que estudam na Universidade Garissa, disseram testemunhas.
De acordo com as forças de segurança quenianas, os atiradores foram cercados em um dos dormitório da universidade, onde reféns foram mantidos pelos extremistas. À agência Associated Press, sobreviventes descreveram cenas angustiantes: as pessoas foram impiedosamente alvejadas e disparos eram ouvidos enquanto as vítimas corriam para tentar salvar suas vidas.
Collins Wetangula, vice-presidente do grêmio estudantil, disse que estava se preparando para tomar banho quando ouviu disparos vindos de um dormitório a 150 metros do local onde ele estava, que é habitado tanto por homens quanto por mulheres. O campus tem seis dormitórios e pelo menos 887 alunos, afirmou Wetangula.

ATAQUE DO AL-SHABAD DEIXA MORTOS NO QUENIA
Reuters TV
Veículos de emergência se dirigem até a universidade

O estudante disse que assim que ouviu os tiros trancou-se com outros três colegas em seu quarto. "Tudo que pude ouvir foram passos e disparos. Ninguém gritava porque as pessoas achavam que isso faria com que os atiradores soubessem onde estavam", afirmou. "Os homens diziam a frase 'sisi ni al-Shabab' (que em swaihi significa 'somos do Al-Shabab')", relatou Wetangula.
Quando os atiradores chegaram em seu dormitório, ele pôde ouvi-los abrindo portas e perguntando se as pessoas que estavam escondidas eram muçulmanos ou cristãos. "Se você fosse cristão, era alvejado ali mesmo. A cada disparo eu achava que iria morrer."
Os extremistas começaram a disparar rapidamente, como se houvesse troca de tiros, explicou Wetangula. "Em seguida, vimos, pela janela de trás de nossos quartos pessoas usando uniformes militares que se identificaram como soldados quenianos", disse o estudante. Os soldados retiraram o líder estudantil e outras 20 pessoas do local.
Um porta-voz do Al-Shabab assumiu a autoria do ataque. Ali Mohamud Rage disse numa emissora de rádio que os combatentes do grupo realizam uma "pesada" operação militar no interior do campus.
No momento em que o ataque começou, às 5h30 (horário local), as orações matutinas já haviam começado na mesquita da universidade, onde as pessoas não foram atacadas, segundo o estudante Augustine Alanga, de 21 anos. / AP e REUTERS

Folha de São Paulo 4.4.15

Terroristas do Al Shabaab enganaram estudantes antes de matá-los

Escondida e imobilizada pelo medo, Elosy Karimi ouvia tiros pipocando por todos os lados. Era madrugada, o escuro era total, e homens armados da facção islâmica Al Shabaab haviam acabado de invadir o alojamento da universidade de Garissa.
"Se quiserem sobreviver, saiam", gritaram os milicianos. "Se quiserem morrer, fiquem aí dentro!"
Karimi, 23, decidiu se arriscar e ficar em seu alojamento. Passou as próximas 28 horas escondida num espaço minúsculo no teto sobre sua beliche. "Eu sabia que eles estavam mentindo", disse.
Na sexta (3), quando cinco suspeitos foram presos, novos detalhes vieram à tona sobre como milicianos do Al Shabaab, parcamente armados, conseguiram matar 147 estudantes no pior ataque terrorista no Quênia desde 1998.
Os sobreviventes contaram que muitos estudantes foram enganados, saindo dos alojamentos voluntariamente e obedecendo aos comandos de se deitarem em fileiras apenas para levarem tiros na cabeça.
Alguns terroristas também mandaram os jovens ligarem para suas famílias para lhes dizer que o ataque era uma represália pela intervenção militar queniana na Somália.
O ataque na quinta (2) deixou claro como o Quênia é impotente diante de uma organização terrorista impiedosa. Muitos temem que o país não tenha capacidade de barrar o Al Shabaab, que justificou o ataque dizendo que a universidade "disseminava o cristianismo e os infiéis".
"O atentado foi de baixa tecnologia, teve baixo custo, os riscos eram pequenos e os alvos eram fáceis", disse o analista Kenneth Menkhaus.
Os 682 quilômetros de fronteira entre a Somália, berço do Al Shabaab, e o Quênia praticamente não são vigiados –nem os quenianos possuem recursos para isso.
Os poucos guardas que participam de algumas patrulhas são notoriamente corruptos. Pelo preço certo, deixam passar produtos contrabandeados, caminhões carregados de armas e praticamente qualquer outra coisa.
"É muito difícil, para um país aberto como o Quênia, impedir ataques terroristas", disse Menkhaus.