sábado, 28 de fevereiro de 2015

Genocídio de cristãos no Iraque

Ex-Ministra do Iraque afirma: Há um genocídio de cristãos do qual ninguém fala

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Pascale Warda. Foto AIS
KONIGSTEIN, 26 Fev. 15 / 03:53 pm (ACI/EWTN Noticias).-
"No Iraque está acontecendo um autêntico genocídio do qual ninguém quer falar e nenhuma instância internacional se ocupa", assim o denunciou Pascale Warda, ex-ministra iraquiana entre os anos 2004 e 2005.
 
Em roda de imprensa organizada pela organização internacional Ajuda à Igrejaque Sofre (AIS) e pela Fundação Promoção Social da Cultura (FPSC), Pascale Warda assegurou que "necessitamos ajuda internacional para lutar contra o Estado Islâmico. É diabólico. É um movimento internacional de terrorismo que necessita soluções autênticas internacionais".
 
Em sua opinião, o Estado Islâmico (EI) só quer "aniquilar" a presença cristã e toda minoria social e religiosa que se oponha aos seus princípios, quando a comunidade cristã no Iraque se remonta ao século I, muito antes da chegada do Islã. "Em Mosul pela primeira vez agora em 2.000 anos não se celebra aEucaristia. É uma etapa histórica muito negra" para os caldeus.
 
"Os cristãos estão sendo massacrados e têm que buscar agora como restabelecer a sua existência em um país que é seu muito antes que dos outros. É muito difícil, são poucos e estão enfraquecidos", disse.
 
Neste sentido, Warda advertiu aos países ocidentais que se o Estado Islâmico "está agora localizado no Iraque, amanhã mesmo pode estar em seus próprios países" e, por isso, pediu colaboração à comunidade internacional para solucionar o problema.
 
Warda é uma das principais vozes contra a falta de liberdade religiosa no Iraque e, desde a irrupção do Estado Islâmico, documentou os abusos contra os Direitos Humanos que são cometidos em seu país.
 
É católica caldeia, fundadora da Sociedade Iraquiana pelos Direitos Humanos (SIDH), e Presidente da Organização Hammurabi de Direitos Humanos. Além disso, participou com a AIS no lançamento em Roma do Relatório sobre a Liberdade Religiosa 2014.
 
Para sustentar aos 120.000 cristãos iraquianos que se encontram refugiados no Curdistão, a Fundação pontifícia começou em dezembro do ano passado a maior campanha de seus 50 anos de presença na Espanha.
 
Em Bagdá, a Fundação Promoção Social da Cultura continua com a Campanha “Um grito de ânimo”, também para apoiar as famílias que fugiram do norte e estão refugiadas na capital.
 
Mais informação: www.fundacionfpsc.org/iraq

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Fidelidade à Igreja Católica.

Autoridades chinesas confirmam morte de bispo que passou 50 anos detido



Autoridades locais chinesas confirmaram a morte do bispo chinês Shi Enxiang, que passou mais de 50 anos na prisão por sua lealdade ao Vaticano, informou a família do religioso, que faleceu aos 93 anos.
A família explicou que aguarda o corpo do bispo para organizar um funeral público.
A morte do prelado chinês mais idoso foi anunciada no fim de janeiro pela agência católica UCA News, mas a informação ainda não havia sido confirmada oficialmente.
"O governador do vilarejo veio perguntar se o corpo de meu tio havia chegado. Perguntamos se estava vivo. Ele disse 'não, está morto, provavelmente está morto'", declarou à AFP Shi Wanke, sobrinho do religioso, em Shizuang, a 100 km de Pequim.
Desaparecido em 2001 na capital chinesa e escondido pelas autoridades desde então, o monsenhor Shi Enxiang teria completado 94 anos em fevereiro.
Ele passou mais de 50 anos na prisão, em campos de trabalho ou em prisão domiciliar.
Ordenado padre em 1947 pela Igreja Católica romana, dois anos antes da chegada dos comunistas ao poder, sempre rejeitou integrar a Associação Patriótica dos Católicos chineses, criada pelo regime e que não reconhece a Santa Sé.
A família deseja agora organizar uma cerimônia pública para uma despedida.
"Se está morto, queremos pelo menos receber o corpo para realizar um enterro religioso", afirmou Shi Chunyan, sobrinha do bispo.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Decapitação de cristãos pelos Islamitas

Estado Islâmico divulga vídeo com decapitação de 21 cristãos egípcios

ISIS
Um vídeo divulgado por militantes na Líbia que afirmam lealdade ao grupo extremista Estado Islâmico mostra a decapitação em massa de cristãos coptas mantidos reféns.
O vídeo, divulgado na noite deste domingo (15), mostra 21 homens vestidos de laranja sendo conduzidos ao longo de uma praia, cada um acompanhado por um militante mascarado. Os homens são obrigados a se ajoelhar e um militante, vestido de forma diferente dos demais, se dirige à câmera falando em inglês, com um sotaque norte-americano.
"Todos os cruzados: segurança para vocês será apenas desejo, especialmente se vocês estão lutando contra nós todos juntos. Por isso vamos lutar contra vocês todos juntos", diz. "O mar onde esconderam o corpo de Osama Bin Laden, nós juramos por Alá que vamos misturá-lo com o seu sangue."
Os homens são, então, colocados com os rostos para o chão e decapitados simultaneamente.
O militante que apresentava o vídeo então aponta em direção ao norte e diz: "Nós vamos conquistar Roma, com a permissão de Alá." Em uma legenda no vídeo, pode-se ler: "O povo da cruz, os seguidores da igreja egípcia hostil."
Militantes do Estado Islâmico na Líbia mantinham 21 cristãos coptas egípcios como reféns há semanas, ameaçando-os de morte. Os produtores do vídeo se identificam como sendo da Província de Trípoli do Estado Islâmico — o grupo extremista que controla cerca de um terço da Síria e do Iraque. A veracidade do filme ainda não pode ser confirmada.
O governo egípcio declarou um período de luto de sete dias e o presidente Abdel Fattah el-Sissi convocou uma reunião de segurança nacional de emergência para discutir uma resposta. El-Sissi enviou condolências às "vítimas do terrorismo", de acordo com um comunicado divulgado pela presidência.
(Com Reuters e Estadão Conteúdo)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Crucificação de crianças pelo Estado Islâmico

Estado Islâmico crucifica, escraviza e enterra crianças vivas, diz ONU

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Avanço do Estado Islâmico provoca onda de violência no Oriente Médio413 fotos

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19.dez.2014 - Combatente curdo segura uma peça de roupa usada por um integrante do Estado Islâmico (EI) no vilarejo Kesarej, na província de Nínive, no Iraque. Os combatentes abriram caminho para o monte Sinjar e libertaram centenas de pessoas presas no local. A ação, apoiada por ataques aéreos dos EUA, encerrou o calvário de centenas de pessoas da minoria religiosa Yazidi, que haviam sido sitiadas na montanha desde que o grupo extremista tomou o controle da região. A foto foi tirada no dia 18 de dezembro Ari Jalal/Reuters
Segundo Comitê das Nações Unidas para os Direitos da Criança, organização terrorista usa jovens iraquianos como homens-bomba e escudos humanos. Garotas raptadas são comercializadas como escravas sexuais
Militantes do Estado Islâmico (EI) estão vendendo crianças iraquianas raptadas como escravas sexuais, e matando outros jovens, inclusive por crucificação ou os enterrando vivos, afirmou a ONU nesta quarta-feira (04), em Genebra, na Suíça.
Meninos iraquianos com idade inferior a 18 anos estão cada vez mais sendo utilizados pela organização terrorista como homens-bomba, fabricantes de bombas, informantes ou escudos humanos para proteger instalações jihadistas contra os ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.
"Estamos realmente profundamente preocupados com a tortura e o assassinato destas crianças, especialmente aquelas que pertencem a minorias", disse a especialista do Comitê das Nações Unidas para os Direitos da Criança, Renate Winter.
"A abrangência do problema é enorme. Crianças da seita yazidi e de comunidades cristãs, têm sido vítimas, mas as ações do grupo [EI] também atingem xiitas e sunitas", explicou Winter.
"Tivemos relatos de crianças, especialmente crianças que possuem problemas mentais, que foram usadas como homens-bomba, muito provavelmente sem sequer entender a situação", completou a especialista.
O órgão da ONU denunciou "o assassinato sistemático de crianças pertencentes a minorias religiosas (entenda-se cristãs) e étnicas cometido pelo assim chamado Estado Islâmico, incluindo vários casos de execuções em massa de meninos, assim como relatos de crianças decapitadas, crucificadas e enterradas vivas".
Ainda segundo o comunicado do comitê, o Estado Islâmico cometeu "violência sexual sistemática", incluindo "o sequestro e a escravização sexual de crianças".
"Crianças de minorias têm sido capturadas em vários lugares, e vendidas no mercado como escravas, com etiquetas de preço" explicou a especialista Winter.
Os 18 especialistas independentes que elaboraram o relatório pediram às autoridades iraquianas que adotem todas as medidas necessárias para "resgatar as crianças" sob controle do grupo militante e processar os perpetradores dos crimes.
O comitê exigiu que Bagdá recrimine expressamente o recrutamento de pessoas menores de 18 anos em conflitos armados. "Há o dever de um Estado de proteger todas as suas crianças. A questão é, no entanto, como é que eles vão fazer isso na tal situação?", indagou Winter.