quinta-feira, 24 de julho de 2014

Silêncio dos culpados. Perseguição ao cristianismo.

24 JULHO, 2014

Editorial de importante jornal quebra o silêncio da mídia: Por que a conspiração global de silêncio a respeito da perseguição de Cristãos no Iraque?

Por Rorate-Caeli | Tradução: Teresa Maria Freixinho – Fratres in Unum.com: Para grande honra do Le Figaro, de longe o maior e mais antigo diário de notícias francês, nesta quarta-feira ele se tornou o primeiro grande jornal internacional a publicar em sua primeira página, e como principal manchete, a perseguição dos cristãos no Iraque: “O Calvário dos Cristãos do Iraque”.
Também em sua capa, o principal editorial era “Silence, on persécute!” (Silêncio, estamos perseguindo!), uma acusação direta terrível aos cúmplices desse genocídio, aqueles que estão em silêncio em todo o Ocidente, a começar pelos meios de comunicação, uma opinião pública sempre propensa a manifestações (mas não desta vez!) e, de modo particular, os governos das nações cujas populações são na maioria cristãos ao menos de nome.
LE FIGARO – Editorial
por Étienne de Montety
Silêncio, Estamos Perseguindo!
O Estado Islâmico declarou  guerra aos cristãos de Mosul. Instados a deixarem o “Califado” ou se sujeitarem ao pagamento de imposto de “Infiel”, destinados à vingança popular por esse “N” – como em “Nazareno” – inscrito em suas casas, os discípulos de Jesus Cristo, transformados em cidadãos de segunda classe, em breve não terão outra escolha a não ser se “converterem” ou perecerem pela espada…
A intolerância não está mais escondida. Ela é reivindicada pelo chefe Abu Bakr al-Baghdadi, que se faz chamar de Ibrahim. Uma ironia sinistra: Ibrahim é o nome árabe de Abraão, o pai dos crentes, que veio do Iraque, sob cujo nome os muçulmanos e cristãos da região deveriam se reunir e viver em paz.
Os cristãos do Iraque eram 1 milhão antes da intervenção americana. Atualmente eles não passam de 400.000. A cada onda de humilhações, violência, perseguições, eles percorrem o caminho do êxodo. Um desses exilados, Joseph Fadelle, contou, em um livro, “O Preço a Pagar” (Le Prix à payer), a respeito do destino terrível reservado a seus correligionários por muitos anos. Com a instalação do “Califado”, a ameaça agora é clara: olhem o inimigo, cristandade!
Certamente, vozes importantes se elevam em indignação: há meses o Papa Francisco soou o alarme e assegurou sua compaixão a seus irmãos. O Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, acaba de condenar um “crime contra a humanidade.” Agências internacionais estão preocupadas e elevam o seu tom. E aí? A opinião pública europeia, tão ávida para mobilizações, petições, manifestações de todo tipo… E neste caso, nada! Silêncio, estamos perseguindo!
Permaneceremos surdos por mais tempo?
Será que terá que acontecer um massacre fora das férias de verão para nos mexermos? Após oTour de France? Antes das grandes multidões de férias? Diante da aterrorizante procissão de horrores, expulsões, assassinatos em Mosul, exibiremos apenas a nossa indiferença? Cristãos ou não cristãos, continuaremos surdos por quanto tempo ainda diante dessas terríveis palavras do Evangelho ressoando em todo mundo: “Se eles permaneceram em silêncio, as pedras gritarão!

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