quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Ecumenismo com o Islam. Eles dão as bombas, os cristãos os corpos.


Ataques a bomba matam 37 pessoas e ferem mais de 50 no Iraque

Atentados ocorreram em Bagdá: um carro-bomba explodiu próximo a uma igreja, enquanto outra bomba destruiu um mercado ao ar livre

25 de dezembro de 2013 | 11h 39

Reuters
Atualizado às 14h20   BAGDÁ - O número de cristãos mortos em dois ataques no Iraque no dia de Natal subiu para 37. No primeiro atentado, um carro-bomba explodiu próximo a uma igreja em Bagdá, capital do país, durante uma missa e deixou pelo menos 26 pessoas mortas e outras 38 feridas.   Segundo as autoridades iraquianas, o atentado ocorreu próximo ao bairro Dora, que concentra uma pequena população cristã.
Com os ataques de hoje, o número de pessoas assassinadas este mês no Iraque chegou a 441 - REUTERS/Ahmed Malik
REUTERS/Ahmed Malik
Com os ataques de hoje, o número de pessoas assassinadas este mês no Iraque chegou a 441
No outro incidente, uma bomba explodiu em um mercado ao ar livre perto da área cristã de Athorien, matando 11 pessoas e ferindo 21. A comunidade cristã no Iraque é estimada entre 400 mil e 600 mil pessoas e tem sofrido frequentes ataques da Al Qaeda e de outros grupos de radicais.
Os incidentes ocorrem no momento em que as forças de segurança do país estão realizando uma forte operação militar no deserto ocidental à procura de membros da Al Qaeda, na fronteira com a Síria.
Com os ataques de hoje, o número de pessoas assassinadas este mês no Iraque chegou a 441. Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 8 mil pessoas foram mortas desde o começo do ano.
(As informações são da Associated Press)

Como seria o Oriente Médio sem cristãos

Grupo religioso perseguido do Iraque à Síria se sustenta pela fé, mas seu declínio pode alterar toda a região

25 de dezembro de 2013 | 2h 04
CHRISTA CASE , BRYANT, THE CHRISTIAN SCIENCE MONITOR - O Estado de S.Paulo
Os bancos da Primeira Igreja Batista de Belém enchem-se rapidamente de fiéis numa noite de domingo, alguns com bolsas enfeitadas, outros com sapatos gastos e sacolas de papel da KFC.
No transcorrer da cerimônia, mãos balançam no ar enquanto os fiéis cantam e dão graças a Deus por um renascimento recente que atraiu mais de 1.300 pessoas para ouvir a mensagem da Bíblia.
Numa cidade alardeada como o lugar onde Jesus Cristo nasceu da Virgem Maria, a igreja é uma espécie de milagre moderno. Fundada há três décadas num apartamento de dois quartos pelo reverendo Naim Khoury, a Primeira Batista foi bombardeada 14 vezes durante a primeira intifada, enfrentou dificuldades financeiras, e agora trava uma batalha legal com a Autoridade Palestina, que não a reconhece.
Milhares de cristãos em Belém tiveram problemas políticos e religiosos similares nas últimas décadas, o que levou muitos deles a fugir da cidade onde nasceu a figura central da cristandade numa manjedoura.
Os cristãos, que já constituíram 80% da população, hoje representam 20% a 25%. Dois mil anos após o nascimento de Jesus, a cristandade está sob um ataque maior do que em qualquer outro período do último século, levando alguns a especular que uma das três maiores religiões do mundo pode desaparecer completamente da região em uma ou duas gerações.
Do Iraque, que perdeu pelo menos metade de seus cristãos na última década, ao Egito, que assistiu à pior violência anticristã em 700 anos neste verão, à Síria, onde jihadistas estão matando cristãos e os enterrando em valas comuns, os seguidores de Jesus enfrentam violência e perseguição além de um declínio das igrejas. Os cristãos constituem hoje somente 5% da população do Oriente Médio, ante 20% um século atrás. Muitos cristãos árabes estão contrariados porque o Ocidente não fez mais para ajudá-los.
Embora muitos muçulmanos tenham crescido com amigos e colegas cristãos, política e forças sociais tornaram a coexistência mais difícil. À medida que o islamismo político cresce, cristãos já não conseguem encontrar refúgio numa identidade árabe compartilhada com seus irmãos muçulmanos.
Os apelos à cidadania com direitos iguais são pontuados por histórias de extremistas islâmicos exigindo a conversão de cristãos ao islamismo ou que eles paguem um imposto exorbitante. E muitos muçulmanos enfrentam perseguições eles próprios na medida em que os levantes árabes de 2011 continuam a repercutir por toda a região e nações tentam encontrar um equilíbrio entre liberdade e estabilidade.
Os cristãos já enfrentaram tempos difíceis antes, da matança dos seguidores imediatos de Jesus à opressão dos cristãos pelos mamelucos no início do século 13 à ascensão da atividade militante islâmica no Egito nos anos 1970. Os guerreiros que vieram em nome de Cristo também foram responsáveis por violências inter-religiosas, como n a Primeira Cruzada em 1099, quando cristãos tomaram Jerusalém e massacraram os moradores.
Permanece incerto se os tempos atuais se mostrarão mais um refluxo da história cristã ou algo mais fundamental. Mas o que está evidente é que tanto muçulmanos como cristãos, além das outras minorias da região, provavelmente serão afetados de maneira significativa por uma deterioração contínua.
Uma exceção ao declínio é Israel, onde a população cristã quase quintuplicou, para 158 mil, desde a fundação do país em 1948. Mesmo assim, sua parcela na população caiu cerca de 3% a 2%, e críticos observaram que as famílias cristãs palestinas que fugiram ou foram obrigadas a sair pouco antes da fundação de Israel deram ao país uma base artificialmente baixa.
Mas ainda há comunidades cristãs fortes de cristãos árabes israelenses - embora elas também tenham problemas. Em Nazaré, por exemplo, islamistas tentaram erguer uma mesquita bloqueando a Igreja da Anunciação. Quando impedidos por Israel, eles aceitaram colocar uma bandeira proclamando o verso corânico: "E todo aquele que busca uma religião que não seja o Islã, jamais será aceito por ele, e no futuro será um dos perdedores". / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK

sábado, 9 de novembro de 2013

Perseguição anti católica no Irã






Irã: católicos recebem 80 chibatadas porque comungaram vinho consagrado durante a missa
08.11.2013 - Foi aplicada no dia 30 de outubro a bizarra sentença de 80 chicotadas contra dois cristãos condenados por “consumo de álcool” no Irã: eles tinham comungado bebendo o vinho eucarístico durante uma liturgia cristã. Segundo informações da Agência Fides, os cristãos Behzad Taalipasand e Mehdi Dadkhah receberam 80 açoites aplicados com violência brutal.

Fontes locais informam que outro condenado, Mehdi Reza Omidi, também foi açoitado neste dia 2 de novembro. Ainda não se sabe quando será castigado um quarto réu, Amir Hatemi.

As acusações são de “consumo de álcool” e “posse de um receptor e de uma antena parabólica”. De acordo com a ONG Christian Solidarity Worldwide (CSW), os quatro condenados tinham dez dias para apresentar uma apelação depois da sentença decretada em 20 de outubro, mas a condenação foi executada com extrema rapidez. Não ficou claro se as apelações foram rejeitadas ou se nem sequer foram levadas em conta.

Mervyn Thomas, diretor da Christian Solidarity Worldwide, declara em nota enviada à Agência Fides: “Estes homens foram castigados simplesmente porque participaram de um sacramento praticado durante séculos por cristãos de todo o mundo. É uma violação terrível e injusta do direito a manifestar a própria fé com práticas de culto e dentro dos rituais.

O Irã se obrigou, quando aderiu ao Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, a apoiar a liberdade de religião e de credo de todas as comunidades religiosas. Além disso, essa pena viola o artigo 5º da convenção, que proíbe os castigos desumanos ou degradantes. Instamos o governo iraniano a agir em conformidade com os seus compromissos internacionais”.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

O que é ser amaldiçoado: obrigado a sustentar terrorista assassino porque é comunista


UFSC recebe o terrorista Cesare Battisti Condenado a prisão perpétua na Itália por matar quatro inocentes na década de 70, refugiado no Brasil graças a Lula e flagrado recentemente portando passaporte adulterado, o terrorista Cesare Battisti continu.

UFSC recebe o terrorista Cesare Battisti
Condenado a prisão perpétua na Itália por matar quatro inocentes na década de 70, refugiado no Brasil graças a Lula e flagrado recentemente portando passaporte adulterado, o terrorista Cesare Battisti continua livre, leve e solto e agora virou palestrante. No próximo dia 6, vai falar sobre Quem tem direito ao viver, no fórum daUniversidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis. A universidade pagarápassagensestadia e alimentação de Battisti lá, com dinheiro público: recebeu, este ano, verba federal de quase R$ 135 milhões.
segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Professores e alunos protestam contra uso de dinheiro público para Cesare Battisti falar em SC

Já produz forte reação em Florianópolis a notícia de que o terrorista italiano Cesare Battisti falará nesta quarta-feira na Universidade Federal de Santa Catarina. É que a UFCS usa dinheiro público para pagar passagens aéreas, comida, hotel e um bônus de R$ 4 mil para que o italiano conte suas aventuras.

. A nota aí ao lado, assinada pelo influente jornalista Moacir Pereira, Diário Catarinense, RBS, conta que um manifesto contra o patrocínio público já circula dentro da própria universidade.

. Cesare Battisti viajou com muita frequência para o RS, mas depois que foi flagrado no Palácio Piratini em contato com Tarso Genro, ele não veio mais ao Estado.

ESTERI

Brasile, Cesare Battisti tiene
una lezione sul diritto di parlare

Cesare Battisti

Per la lezione all’Università Federale di Santa Catarina a Florianopolis, l’ex terrorista riceverà
un compenso di 500 euro
In Brasile si torna a parlare di Cesare Battisti. L’ex militante dell’estrema sinistra italiana, condannato all’ergastolo in Italia, darà una conferenza presso l’Università federale di Santa Caterina, a Florianopolis, sul tema “Chi ha diritto di parlare”. 

L’annuncio dato dall’Università è stato ripreso dai media brasiliani, i quali ricordano d’altra parte che l’ateneo è finanziato con soldi pubblici: più precisamente, viene sottolineato, dal ministero dell’Educazione. Per fare da “docente” universitario per qualche ora, l’ex militante dei Proletari armati per il comunismo (Pac) intascherà un compenso di circa 500 euro, riferiscono i media, ricordando che la lezione è in programma mercoledì nell’ambito di un forum dell’ Universidade Federal de Santa Catarina. A organizzare l’appuntamento è stato il professor Paulo Lopes, il quale ha spiegato che l’idea alla base della lezione è quella di «ascoltare gli esuli, i carcerati, i demoni della società». 

La notizia ha subito scatenato commenti e reazioni su Twitter, sia in Italia sia in Brasile. Su YouTube è apparso un video nel quale due ragazzi raccontano gli omicidi per i quali è stato condannato Battisti e danno appuntamento a una protesta per mercoledì - in coincidenza con la lezione - davanti al rettorato dell’Università di Santa Catarina. «Noi non siamo contrari alla sua libertà di espressione, siamo contrari all’utilizzo delle risorse pubbliche per questa finalità», precisano i due ragazzi, riferendosi proprio ai soldi che lo Stato destina all’ateneo e alla “lezione” dell’ex militante dei Pac. «Lei sa chi sono queste persone?», domandano all’inizio del video i due giovani mentre scorrono le immagini di Pierluigi Torregiani, Lino Sabbadin, Antonio Santoro e Andrea Campagna: le quattro persone uccise, omicidi per i quali Battisti è stato condannato con sentenza definitiva all’ergastolo dalla giustizia italiana.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Inquisição Espanhola: um esclarecimento


A Verdade sobre a Inquisição Espanhola
(Carta a mr. Isaacs, judeu-maçom)

Fonte: Site Agnus Dei
Autor: David Goldstein (ex-judeu)
Transmissão: Gercione Lima

Um estudioso a respeito de preconceito disse uma certa vez:

"A mente humana é como uma folha de papel em branco sobre a qual as impressões que permanecem por mais tempo gravadas são aquelas em negro".

A verdade desta observação nunca foi tão aparente como quando consideramos os judeus e a Inquisição Espanhola... Se os ensinamentos do Antigo Testamento fossem gravados nas mentes e corações dos judeus da mesma forma como eles fazem questão de recalcar continuamente suas histórias de calamidades e perseguições, certamente os rabinos não teriam que se lamentar tanto pelo desinteresse em religião por parte das crianças judias, como eles fizeram na conferência de Atlantic City. Livro após livros judeus, revistas de circulação semanal e mensal incessantemente fazem questão de citar a Inquisição Espanhola, de forma que, como disse Maurice Fueurlich na revista Forum (setembro de 1937), "isto se tornou um complexo de perseguição para os judeus". Em seu livro intitulado "Filhos de Uma Raça Mártir", este escritor disse "que a Inquisição espanhola foi enfiada em minha consciência de uma forma tão profunda que se tornou um elemento básico em toda a minha vida emocional".
A versão judaica para a Inquisição Espanhola que aconteceu há 450 anos atrás, é a fonte da qual emanou muito do medo dos judeus pela Igreja Católica, e muita hostilidade contra os judeus que se converteram ao Catolicismo. Isto é verdade até mesmo entre os rabinos que buscam uma união de forças com os Sacerdotes Católicos contra muitas das injustiças de nosso tempo e que afligem tanto judeus como Católicos. Eles sustentam que enquanto a Cristandade estiver dividida, enquanto os Católicos forem minoria, não há o que temer. Mas se a Igreja Católica tivesse que se tornar novamente a única Igreja Cristã, como ela sempre foi até a Idade Média, então, "tomem cuidado com o Auto-de-Fé!". O Auto-de-Fé era uma solene cerimônia religiosa que os mal informados e os detratores fazem questão de sustentar como um lugar de torturas ou execuções na fogueira.

Todos aqueles que no Judaísmo falam ou escrevem sobre a Inquisição Espanhola, com raríssimas exceções, na verdade receberam suas informações de fontes preconceituosas ou de pessoas cujos dados à respeito do assunto foram tiradas de fontes envenenadas de informação, e isto serve também para muitos daqueles que me perguntam: "Como pode você se juntar a uma Igreja que infligiu tantas crueldades contra seu próprio povo durante a Inquisição Espanhola?".
Pois, eu digo que tal pergunta poderia simplesmente ser descartada com a simples declaração de que a minha caminhada para a pia batismal da Igreja Católica foi condicionada pela minha crença em seus princípios e não por qualquer concordância com qualquer coisa que tenha sido praticada por católicos durante a Inquisição Espanhola ou outro período qualquer da história. Mas a importância desta pergunta, considerando que a Inquisição Espanhola é o entrave que fecha toda a tentativa de diálogo entre judeus e católicos, força-me a lidar com este assunto com uma certa profundidade e evitando certos equívocos.
- Para entender adequadamente esta questão, é necessário que tenhamos em mente o fato de que a Inquisição é uma Corte de Inquérito, e que todas as sociedades, inclusive a Loja maçônica à qual você pertence, possuem cortes de julgamentos temporárias ou permanentes, sob diferentes nomes, para examinar aqueles membros acusados de violarem seus princípios. Em tais sociedades, caso sejam julgados culpados, tais membros são punidos, não por penas como: "terem suas gargantas cortadas, suas línguas arrancadas pela raiz e seus corpos enterrados nas areias do mar", como você solenemente jurou permitir à sua loja de fazê-lo quando você se tornou um mestre maçônico, caso viesse a revelar os seus segredos. Ora, se as sociedades seculares podem legitimar instituições como Cortes e Tribunais e impor sentenças, porque então não poderia a Igreja Católica, por um motivo muito maior, instituir uma Corte de Inquisição, considerando que violar seus sagrados princípios é o mesmo que violar os princípios de Deus, transmitidos à humanidade através de Moisés e de Jesus Cristo, o Messias?
- Para melhor entender esta questão, é necessário ter em mente o fato de que a Inquisição foi instituída na Espanha para pessoas que professavam serem católicas e não para judeus praticantes. A Inquisição era para desmascarar e levar à penitência, não apenas os heréticos, como muitos judeus acreditam, mas também bígamos, adúlteros, blasfemadores e outros transgressores dos princípios da Santa Igreja à qual eles, como homens e mulheres batizados, eram obrigados a obedecer e serem fiéis. George Sokolsky, um editor de Nova Iorque, declarou no artigo intitulado: "Nós, Judeus":

"A tarefa da Inquisição não era perseguir judeus, mas limpar a Igreja de todo traço de heresia ou qualquer coisa não ortodoxa. A Inquisição não estava preocupada com os infiéis fora da Santa Igreja, mas com aqueles heréticos que estavam dentro dela" (Nova Iorque, 1935, p. 53).

A Inquisição Espanhola foi instituída para desmascarar e expulsar aqueles judeus e muçulmanos batizados que fingiam serem católicos sinceros e praticantes, enquanto secretamente aderiam às práticas do Islamismo e do Judaísmo, o que é um ato sacrílego bem mais grave. Eles eram também inimigos do Estado, visto que a Espanha era cristã em seus princípios e carregava o estandarte da Cruz na batalha contra o "crescente islâmico". Como posterior evidência, consideremos o que Dr. Salo Wittmayer Baron, um dos maiores historiadores americanos na História do Judaísmo, tem a dizer sobre este assunto:
"Parece ser tanto fato quanto teoria que os judeus que nunca deixaram de professar o judaísmo, foram deixados em seu todo, completamente livres dos atos da Santa Inquisição, desde o seu estabelecimento em 1478 até a expulsão dos judeus da Espanha. Na verdade, ouvimos falar de apenas uma persguição dirigida contra a comunidade judaica, quando os judeus de Huesca foram acusados, em 1489, de terem admitido conversos 'pseudos convertidos do Judaísmo para o Cristianismo' de volta ao rebanho judaico. Foi precisamente a inabilidade das Cortes de Inquisição em checar a influência judaica sobre os conversos que serviu de argumento decisivo para os Monarcas Católicos banirem de vez os judeus da Espanha".
- Para entender adequadamente esta questão, é necessário recordar o fato de que a Espanha esteve, por mais de metade de 12 (doze) séculos, em guerra contra os muçulmanos, com os quais os judeus se haviam aliado contra os espanhóis. Era a batalha do estandarte da Cruz contra o 'crescente islâmico'. Isto é confirmado pela 'Graetz's History of the Jewish Encyclopedia', a 'Encyclopedia of Jewish Knowledge", a 'Vallentine's Jewish Encyclopedia', e outras autoridades de grande importância no Judaísmo. Os dois últimos claramente dizem: 'Os judeus espanhóis deram boas vindas, ou melhor dizendo, convidaram a invasão árabe. Debaixo do califado (governador muçulmano) do Oeste, com sua capital em Córdoba, seus membros (os judeus) cresceram e atrairam grande influência no Estado' (Dr Cecil Roth, in Vallentine's J. E., p. 612).
É também confirmado que os 'judeus africanos ajudaram os árabes em Córdoba, Málaga, Granada, Sevilha e Toledo, e essas cidades foram colocadas sob controle judaico por tais conquistadores' (Enc. J. Knowledge, pag. 531).

- Para entender adequadamente esta questão, é necessário ter em mente o fato de que, no que toca aos abusos da Inquisição, a Igreja Católica não é mais responsável por eles do que ela é pelas touradas às quais ela sempre condenou. Tais abusos foram cometidos, com poucas excessões, pelo poder civil, e eles foram condenados pelos papas Leão X, Paulo III, Paulo IX e Xisto IX, que reinaram durante aquele período da História. Com certeza, isto é uma grande novidade para você, da mesma forma que o é para a maioria dos judeus, que foram alimentados com histórias sobre o "Auto-de-Fé" que estão longe de serem verdadeiras como as histórias sobre judeus degolando criancinhas cristãs para usar seu sangue em rituais.
- Para entendermos melhor esta questão, convém não se deve esquecer que os papas eram protetores dos judeus, e não seus inimigos. Roma era um porto de refúgio para os judeus perseguidos quando a Cidade Eterna era governada pelos papas, e para ali acorriam muitos judeus imigrados da Espanha. Você nem precisa levar em conta as minhas palavras no que diz respeito à amizade dos papas. Mas, veja o que confirma Dr. Cecil Roth, de Londres, especialista em História do Judaismo. Ele declarou num forum sionista em Búfalo, Estados Unidos:

"Apenas em Roma existe uma colônia de judeus que continuou a sua existência desde bem antes da Era Cristã, isto porque de todas as dinastias da Europa, o Papado não apenas recusou-se a perseguir os judeus de Roma e da Itália, mas também durante todos os períodos, os papas sempre foram protetores dos judeus.
Alguns judeus têm esse sentimento de que o papado possui uma política de perseguição contra os judeus; mas deve-se lembrar que a história inglesa é definitivamente anti-católica, e suas visões do Catolicismo podem muito bem terem sido tingidas por esse anti-catolicismo inglês. Creio que nós, judeus, que somos vítimas de tantos preconceitos, deveríamos livrar nossas mentes de preconceitos e aprendermos dos fatos. A verdade é que os papas e a Igreja Católica, desde os primeiros tempos da Santa Igreja, nunca foram responsáveis por perseguições físicas aos judeus e, entre todas as capitais do mundo, Roma é o único lugar isento de ter sido cenário para a tragédia judaica. E por isso nós, judeus, deveríamos ter gratidão" (25 de fevereiro de 1927).

- Para entender melhor esta questão, convém lembrar o fato de que muitos e muitos séculos antes da Igreja Católica vir a existir, a Assembléia Judaica condenava à morte os transgressores da Lei Mosaica, por infrações que eram bem menos sérias do que as ofensas das quais os judeus eram culpados na Espanha. E isto era ordenado pelos sacerdotes do Judaismo, ao passo que as extremas penas durante os dias da Inquisição Espanhola eram impostas pelo Estado, já que a heresia era considerada um crime pelo Estado naqueles dias. Que aqueles abusos aconteceram por parte dos inquisidores, não podemos negar. A Igreja Católica, embora divinamente protegida de erros, ao definir matérias de fé e de moral, nunca se declarou imune aos atos de abusos de poder da parte de alguns de seus filhos, mesmo daqueles em alta posição de poder. Tais abusos da parte de oficiais da Santa Igreja, fez com que o Papa Leão X excomungasse o Tribunal Católico de Toledo, e que suas testemunhas aparecessem diante de um Tribunal Inquisitorial, sendo condenadas por perjúrio. E isto se deu durante os dias da Inquisição Espanhola. Mas tais casos de abusos de poder eram raros, já que o espírito de caridade dominava esses interrogatórios históricos no que diz respeito à heresia. Muitas pessoas convocadas diante dos inquisidores, que se arrependiam, eram liberadas depois de terem prometido emendar suas vidas e fazer as penitências ordenadas, tais como: jejuns, vestir a roupa penitencial durante um determinado período de tempo e a reclusão, que frequentemente era na própria casa do penitente. Torturas e execuções na fogueira nunca foram partes da solene cerimônia religiosa denominada "Auto-de-Fé", onde os penitentes abjuravam seus erros e faziam retratação pública ao pronunciarem o seu ato de fé.
- Para melhor entendermos esta questão, convém lembrar o fato de que as punições extremas que aconteciam durante a Idade Média, tais como as execuções na fogueira (as quais, tanto eu quanto você certamente condenamos), eram muito comuns em todas as partes do mundo naqueles tempos. Tais punições não tiveram origem durante a Idade Média, mas eram lei bem antes da Era Cristã. Tais punições não chocavam as pessoas daquele tempo mais do que as pessoas do nosso país se chocam hoje em dia pela pena de morte nas câmaras de gás, injeções letais, enforcamento, fuzilamento, eletrocução etc., penalidades estas, muitas vezes impostas por seqüestros e roubos, bem como por assassinatos e traições. Por favor, não conclua a partir disso que as pessas naqueles tempos eram menos misericordiosas do que nós somos atualmente. Tais punições eram praticadas com muito mais frequência e por muito menores ofensas na Inglaterra protestante (a fonte de onde emanou boa parte da literatura anti-católica) do que na Espanha Católica. Como evidência eu recomendaria ler a "Reforma Protestante", de William Cobbett, grande historiador inglês.

Convém ainda lembrar o fato de que o Judaísmo inflingiu os mesmos tipos de punição severa bem antes da Era Cristã, quando a blasfêmia era considerada uma grande ofensa dirigida contra o Deus Altíssimo. E foi exatamente por essa ofensa - embora falsa a acusação - que o Sinédrio, dirigido pelos sumos sacerdotes, declarou Jesus réu de morte por ter se declarado o Messias. Quanto à pergunta: "Quais eram os tipos de penas capitais de acordo com a Lei Judaica?", o "O Oráculo", uma publicação judaica, respondeu em um dos seus artigos:

"De acordo com a Lei Judaica havia quatro tipos de execução: apedrejamento, fogueira, à espada e enforcamento. A morte por estrangulamento ou enforcamento não consta nas Sagradas Escrituras, mas os rabinos interpretavam que onde quer que a pena de morte fosse mencionada sem especificar o método, geralmente, era de enforcamento que se tratava" (Carl Alpert, Boston, 1935, p.77).

Tais penas capitais eram impostas pelo Judaismo, não apenas nos casos de blasfêmia, mas também pela violação do repouso sabático, por bruxaria, idolatria, recusa em submeter-se aos decretos dos sacerdotes ou juízes, e por uma dezena de outras ofensas, que incluíam também o assassinato.
- Para melhor entender esta questão, é necessário lembrar o fato de que a Igreja Católica não pode ser mais culpada pelos abusos da Inquisição Espanhola - a qual terminou com a deportação de aproximadamente cento e sessenta mil judeus (inclusive muitos que foram considerados isentos de culpa em matéria de ofensas contra a Santa Igreja ou o Estado) - do que o Judaismo pela perseguição do Povo de Edom, descendente de Esaú. A mente do povo judeu foi muito envenenada contra a Igreja Católica por meio de histórias falaciosas sobre a Santa Inquisição; ao passo que é muito difícil encontrar católicos que tenham ouvido falar a respeito da perseguição dos idumeus pelos judeus. Eu cito isso baseado na obra "A história dos Judeus", de Graetz, embora a mesma coisa possa ser encontrada na Enciclopédia Judaica e em muitas outras publicações judaicas recomendadas:


"Depois da vitória sobre os Samaritanos, Hircano marchou contra os idumeus, apossou-se de suas duas fortalezas, e depois de tê-las demolido, deu aos idumeus a alternativa de optarem entre a conversão ao Judaismo ou o exílio".

Pela primeira vez o Judaismo, na pessoa de seu líder Hircano (sumo sacerdote), praticou intolerância contra outro credo, mas logo logo provou com profunda dor o quão é injurioso permitir que o zelo religioso pela preservação da fé acabe se degenerando em desejo pela violenta conversão dos outros.
Essas conversões forçadas do povo de Edom, provocaram uma dolorosa experiência da qual o judaismo nunca mais se recuperou. Isso prejudicou o Judaismo mais do que Esaú prejudicou ao seu irmão Jacó (de quem os idumeus eram descendentes). Isso fez com que o Judaismo fosse entregue a Herodes (idumeu), que impiedosamente deu fim à dinastia de Judas Macabeu e à linhagem dos sumos sacerdotes. Foi Herodes quem apontou os novos sumos sacerdotes (incluindo Anás e Caifás) e tomou o governo dos judeus, aliando-se finalmente com Tito na sede de Jerusalém.

Tudo isso, bem entendido, permanece o fato de que a Inquisição Espanhola tem muito mais do que apenas ser lembrada e lamentada por seus abusos. Ela foi uma necessidade para as condições daquele tempo, e que certamente não pode ser corretamente compreendida pelas condições do nosso tempo presente. Nossos "métodos de pressão e coerção" por mais drásticos que sejam, não podem ser comparados com os métodos usados no mundo durante os tempos da Inquisição e por muitos séculos antes da Era Cristã. A deportação, a qual foi o climax da Inquisição Espanhola em 1492 é sempre digna de reprovação por causa de seu caráter indiscriminatório e arbitrário. Segundo o historiador judaico Dr. Baron, isso se deu porque as cortes inquisitoriais não conseguiram checar a influência judaica sobre os conversos (convertidos), os falsos convertidos da Sinagoga para a Santa Igreja e que segundo a Enciclopédia de Conhecimentos Judaicos, "foram a causa direta da Santa Inquisição".
Independente do que se diga sobre os abusos da Inquisição Espanhola, embora sejam dignos de reprovação, os dois fatos seguintes deveriam remover da mente dos judeus aquele histórico obstáculo para um exame isento de preconceitos sobre os ensinamentos da Igreja Católica.
Primeiro, a Igreja Católica tinha o legítimo direito de se livrar dos pseudos convertidos do Judaísmo, do mesmo modo como os sacerdotes e o Sinédrio no Judaísmo se julgavam no direito de condenar os membros de sua sinagoga que violavam a Lei Mosáica. A Igreja Católica de fato, tinha um direito muito maior de o fazê-lo, do que aqueles descendentes dos judeus espanhóis deportados que excomungaram Spinoza e outros judeus panteístas da Sinagoga de Amsterdam, finalmente, expulsando-os da Holanda. Heinrich Graetz relata:
"Os rabinos de Amsterdam introduziram a novidade de apresentarem diante da sede do julgamento, opiniões e convicções religiosas, formando eles próprios uma espécie de Tribunal Inquisitorial judaico, o qual, embora não fosse sangrento, não era menos doloroso para aqueles que eram punidos" (História dos Judeus, Vol. 4, pag 684).
Em segundo lugar, se nosso país pode legalmente submeter homens a interrogatórios, a campos de concentração e prisões, deportá-los, bem como alinhá-los em paredões de fuzilamento por sabotagem, espionagem, atividades de "quinta coluna" e outros atos de traição durante nossas curtas guerras, então o Governo espanhol também tinha todo o direito de assim proceder, considerando que estava em estado de guerra já há séculos contra os muçulmanos.
Mas voltando novamente ao seu questionamento, se eu não deveria ter me tornado católico por causa das injustiças perpetradas contra os judeus pelos católicos da Espanha, então você também deveria renunciar ao Judaísmo por causa das injustiças cometidas pelos judeus contra o povo de Edom. Tal lógica, à qual podemos captar do sentimento expresso em seu questionamento, vai fortemente contra você mesmo, porque os abusos da Inquisição Espanhola foram cometidos pelo Estado; ao passo que a circuncisão forçada dos idumeus, foi obra do Judaísmo oficial.

Eu telefonei para checar sobre o Sr. C. F. Sua compreensão acerca do Judaísmo, como o da maioria dos judeus americanos, está limitada a saber que os judeus são circuncidados, fazem o barmitzvah, guardam os sábados, Sabbath, Yon Kippur e Rosh Hashanah, não comem carne de porco etc., mas quando se fala dos verdadeiros princípios judaicos, ele é tão pobre em conhecimentos que se faz necessário falar do Judaísmo para ele, afinal, sem tal conhecimento, é impossível compreender que o Judaísmo em toda a sua plenitude é o verdadeiro Cristianismo. Sobre a Inquisição Espanhola, ele sabia bem, e mais, queria saber se "a Igreja Católica ainda considera os não católicos como heréticos, como ela fazia com os judeus e muçulmanos da Espanha nos tempos da Inquisição". Isso não foi surpresa para mim, visto que de todas as coisas relacionadas à Igreja Católica durante os seus vinte séculos de existência, a Inquisição Espanhola é a fixação principal na mente dos judeus. Considerando que a minha conversação com o seu amigo ocorreu logo depois que eu havia lhe escrito sobre a Inquisição Espanhola, creio que uma palavra a respeito de heresia e heréticos poderá adicionar alguma coisa mais à sua escassa compreensão sobre o assunto.
Já se tornou lugar comum para os não católicos, alegarem que os judeus na Espanha eram considerados culpados de heresia; e que ambos, judeus e protestantes, são considerados pelos católicos como heréticos. Esta é uma falsa noção baseada no fato de que as acusações de heresia feitas pela Igreja Católica sempre foram contra aqueles que se professam católicos e não contra pessoas que abertamente professam serem judeus, muçulmanos ou protestantes, muito embora elas acreditem em algumas coisas que segundo a Igreja são heresia.
Os Maranos foram julgados e corretamente culpados de heresia. Eles estavam sobre a jurisdição da Igreja Católica pelo fato de terem aceitado o Batismo; portanto, faziam uma pública declaração de que eram católicos, ao passo que secretamente seguiam práticas judaicas, o que na verdade era um comportamente herético. Foi a ação deles que causou a instituição da Santa Inquisição na Espanha em 1480, a qual durou até 1492.
A heresia é um pecado, e isto é declarado tanto na Lei judaica como na cristã. Em Gálatas 5,20, São Paulo enumera as heresias entre "as obras da carne". Um católico que nega um ou mais ensinamentos de Cristo, é considerado pela Santa Igreja como um herege. A Igreja Católica ensina com absoluta autoridade em matéria de fé e moral; portanto, ela é obrigada a declarar o mesmo que São Paulo: "Mas, ainda que alguém - nós ou um anjo baixado do Céu - vos anunciasse um Evangelho diferente do que vos temos anunciado, que eles sejam anátema" (Gal 1,8).
Isto se aplica à negação de um único princípio básico do Cristianismo, pois negar mesmo que seja um só ensinamento de Deus, é negar o próprio Deus. Portanto, um católico que proclama acreditar em apenas nove dos Dez Mandamentos, é um herege; da mesma forma como a negação de um só dos Dez Mandamentos é a negação de Deus como seu Autor. O mesmo se aplica a cada artigo do Credo dos Apóstolos, bem como aos demais ensinamentos da Santa Igreja.
A heresia propriamente dita, é pior que assassinato. O assassinato rouba do homem a sua vida física, a qual por melhor que seja é limitada a um curto período de anos; ao passo que a heresia rouba do homem a sua herança espiritual; mata a alma, e como resultado disso, o herege é privado da Felicidade Eterna, caso venha a morrer sem arrependimento.
Julgamentos e punições por heresia tiveram sua origem no Judaísmo, e não no Catolicismo, e seus objetivos sempre foram manter nos corações a pureza dos ensinamentos de Deus, bem como salvaguardar o prêmio da vida eterna. Examinando o capítulo da "Vallentines Jewish Encyclopedia" no capítulo "Heresias e Hereges", buscando uma melhor compreensão do conceito ortodoxo judaico a esse respeito encontramos:

"O termo herege em conexão com o Judaísmo, pode convenientemente ser aplicado a qualquer um que não aceita os dois Torahs - o Escrito e Oral - nos quais estão contidos todo o ensinamento judaico. Além dos idólatras dos tempos antigos, o Talmude reconhece quatro tipos principais de hereges, os quais contudo, não estão cuidadosamente distintos: (1) os Samaritanos, que aceitavam apenas o Pentateuco e o livro de Josué como inspirados, e rejeitavam o resto das Escrituras; (2) os Saduceus, que rejeitavam a Lei Oral; (3) os Minim, os judeus-cristãos (que se convertiam da Sinagoga para a Santa Igreja) e os Gnósticos que desejavam suplementar o Torah de Moisés com uma outra Torah de autoridade superior; (4) Os Apikorsim, que negavam a origem divina do Torah. A heresia Karaite, a qual apareceu mais tarde, foi essencialmente a mesma dos Saduceus" (p. 279).

Acusações de heresia não são tão freqüentes entre os não católicos hoje em dia como eram no passado, e isso por causa do indiferentismo religioso e da incoerência teológica. Em nosso país [EUA], no qual residem aproximadamente um terço dos judeus de todo o mundo, um homem pode acreditar em qualquer coisa e nada ao mesmo tempo, e ainda assim, ser considerado pelos filhos de Israel como judeu. O rabino Stephen Wise costumava se erguer em sua "Sinagoga Liberal", em Carnegie Hall e gritar: "Eu não acredito que os Dez Mandamentos foram escritos por Deus nas tábuas de pedra e entregues a Moisés no Monte Sinai. Se isto é heresia, então que me expulsem da Sinagoga".
Esta sensacional declaração rendeu-lhe uma desejada primeira página em toda a imprensa através do país. Naturalmente, que ninguém pode ser acusado de heresia numa sinagoga isenta de todo o dogma e do controle de qualquer um que não seja o próprio rabino. A heresia só assume o seu verdadeiro caráter onde a fé e a prática são definidos por uma autoridade, como é o caso da Igreja Católica. Portanto, eu perguntei naquela época: "Quem tem o direito de julgar o rabino Wise por heresia, num púlpito onde ele pode falar qualquer coisa que ele deseje, do modo que lhe seja o mais conveniente possível?". O rabino estava apenas encenando uma "peça teatral" quando ele desafiou qualquer um a julgá-lo por negar um milagre mosaico. O assim chamado "judeu dos judeus", Einstein, foi um pouquinho ainda mais adiante. Ele negou acreditar em um Deus pessoal, enquanto dava uma palestra num Seminário Teológico judeu. E por acaso ele foi acusado de heresia? De modo algum! Ele com certeza deveria ter sido, e isso seria uma decisão correta, já que ele era membro de uma Sinagoga Ortodoxa.

Eu disse em minha última carta sobre Spinoza, o qual, por se negar a acreditar num Deus pessoal, foi excomungado pelos descendentes dos judeus deportados da Espanha e Portugal devido à conduta herética dos maranos. Spinoza foi banido de Amsterdam, e para evitar o seu assassinato depois de um atentado perpetrado contra sua vida, abandonou a sua cidade natal onde "maldições" foram lançadas contra ele pelos rabinos da Sinagoga que ele frequentava. Gabriel da Costa é outro notável judeu, cuja vida trágica e tratamento por esses judeus de Amsterdam devido aos seus ensinamentos heréticos foi ainda mais dramático. Isso inspirou Gutzkows a escrever a tragédia "Uriel Acosta" e Zangwill a escrever "Sonhadores do Gueto". A sua negação da imortalidade da alma foi corretamente chamada de heresia. Os rabinos fizeram com que ele fosse preso em Amsterdam, aplicaram-lhe uma multa de $300 guilders, e seu livro, de caráter heterodoxo, foi publicamente queimado. Vejamos o que disse a Enciclopédia de Conhecimentos Judaicos a esse respeito:

"Ele fugiu para Hamburgo, mas logo retornou a Amsterdam e, em 1633, se tornou aquilo que ele disse em suas próprias palavras, 'um macaco entre os macacos', oferecendo sua total submissão à sinagoga. Ele porém não conseguia ser rigoroso e suas contrariedades acabaram fazendo com que ele fosse sujeito ao chamado 'Grande Banimento'. Por sete anos ele viveu silencioso e solitário, boicotado até mesmo por seus próprios parentes. Finalmente, ele se rendeu, fez a confissão de seus erros e sofreu a ignominiosa punição das 39 chicotadas públicas. Depois ele foi para casa escreveu o apaixonado rascunho de sua própria vida intitulado "Espécime da Existência Humana' e então cometeu suicídio com um tiro".

Que aquelas acusações contra Spinoza e da Costa eram justificadas, isto ninguém pode negar, pois os judeus de Amsterdam possuíam um código doutrinal definido, o qual eles corretamente sustentavam, do mesmo modo como faziam a Igreja e o Estado na Espanha. E mais ainda, esses mesmos rabinos que pertenciam à comunidade de Amsterdam, a qual foi formada basicamente pelos maranos, "aqueles que fingiam ser Católicos, e que amaldiçoaram a Igreja Católica e a Espanha pela deportação de seus ancestrais, achavam-se no direito de amaldiçoar, chicotear, excomungar e expulsar de Amsterdam aqueles seus irmãos israelitas julgados e acusados de heresia". Para esses descendentes dos ibéricos, um "Auto-de-Fé" holandês era algo perfeitamente legítimo e normal, só não era para a Espanha ou Portugal onde o bem-estar tanto do Estado como da Igreja estavam em risco.
Eu trouxe comigo um folheto de quatro páginas, que estava sendo distribuido nas ruas de Boston quando visitei o Copley Plaza Hotel. Este folheto falava dos "rumores - mentiras - enganações" que estavam sendo propagadas por agentes de Hitler, Mussolini e Hiroito. Tal folheto convocava todos os cidadãos a denunciarem tais "quintas colunas" ao Comitê de Segurança Pública do Estado de Massachusetts. Eu perguntei naquela época, e agora pergunto a você, sr. Isaacs, se é correto durante a presente guerra mundial, como acreditamos que é, delatar tais "promotores de desordens" que estão tentando "dividir para conquistar e colocá-los em Campos de Concentração se forem considerados culpados". Então, porque não era perfeitamente legítimo punir os hereges na Espanha que fingiam ser católicos, de modo a minarem tanto o Estado quanto a Santa Igreja? Lembre-se que os maranos foram os "quintas colunas" do século XV.

sábado, 19 de outubro de 2013

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A Prostituição Sacra do Islã.


Les islamistes soutenus par François Hollande en Syrie encouragent la « prostitution sacrée »

prostitutionhalal-MPILa « jihad nikah » est le terme utilisé par un prédicateur pour appeler les musulmanes à rejoindre les combattants islamistes en guerre contre le régime syrien. Il s’agit d’exercer là-bas une « prostitution sacrée » pour « rassasier les besoins sexuels des jihadistes ».
Le ministère de l’Intérieur tunisien estime qu’au moins 80 femmes seraient déjà en Syrie dans ce but. Une dizaine de jeunes filles originaires d’El Oued en Algérie auraient également rejoint les islamistes en Syrie via la Libye.
Une Tunisienne a raconté sur une chaîne de télévision satellitaire avoir une trentaine de partenaires sexuels par jour !
Prétendant agir en bons musulmans, les « guerriers » en question sont des champions de la restriction mentale et de l’hypocrisie, puisqu’ils prennent « mentalement » pour épouse la femme en question le temps de l’acte sexuel puis la répudient aussitôt leur besogne terminée.
Et ce sont ces « rebelles » que la France, les Etats-Unis et la Grande-Bretagne soutiennent contre le régime syrien ! C’est pour mettre ces hommes-là au pouvoir que François Hollande s’apprêtait à déclarer la guerre à la Syrie ! Qu’en pensent les viragos féministes qui peuplent l’entourage de François Hollande.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

ISLAM'S MURDERERS: O CASO DO BISPO PADOVESE

Em 3 de junho, o choque: o Bispo católico da Anatólia e presidente da Conferência Episcopal Turca é morto a facadas por seu motorista.  Um dos mais influentes prelados do Oriente Médio, ele foi o redator do texto-base para o Sínodo dos Bispos da região que o Papa levava justamente para apresentar em Chipre. Sua morte  recebeu explicações conflitantes no decorrer dos dias.

Duas interpretações do assassinato de Dom Luigi Padovese correram nos meios eclesiásticos implicados no caso. A primeira, avançada pelo Papa em viagem a Chipre, no dia seguinte ao ocorrido, é a de "motivações pessoais" para o crime. Uma depressão ou perturbações mentais, ou ainda, na acusação do próprio assassino, os ataques homossexuais que teria sofrido por parte do bispo. A segunda interpretação, um assassinato ritual islâmico, praticado com detalhes, com o objetivo de impor o medo do "banho de sangue católico" à visita do Papa e à suas negociações no Oriente Médio.

A primeira interpretação, evidentemente errônea, teria tido como função exatamente quebrar o primeiro efeito terrorista do assassinato, permitindo a Bento XVI concluir com sucesso sua visita a Chipre, deixando para mais tarde a investigação das causas reais do crime.

Uma terceira interpretação foi ainda aventada pelo jornal espanhol El País, afirmando que o alvo do atentado seria o Papa em Chipre, onde Dom Padovese e seu motorista estariam muito próximos do Pontífice.

Os três artigos abaixo, entre os muitos que foram publicados, resumem o que se conhece no momento sobre o caso. 

Lucia Zucchi

Assassino de Dom Padovese não agiu sozinho

10/06/2010
As versões oficiais começam a soar como um compromisso costurado com os alfinetes da prudência e da alta política. A polícia turca, a comunidade cristã de Anatólia e a autópsia realizada no cadáver do bispo Luigi Padovese coincidem em que o assassinato da última quinta-feira do prelado milanês, de 63 anos, foi por razões religiosas ou políticas e não, como se tem dito até agora, por obra de um alienado mental.
A reportagem é de Miguel Mora, publicada no jornal El País, 09-06-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
A seis dias do crime, vai tomando corpo a ideia de que Murat Altun, o motorista de 26 anos que desferiu 20 punhaladas no presidente da Conferência dos Bispos da Turquia, não agiu sozinho.
Segundo a reconstrução elaborada pelas testemunhas e pelos líderes católicos da Turquia, Altun chegou à casa privada de Padovese em Iskenderun acompanhado por pelo menos uma ou duas pessoas. "A polícia começa inclusive a admitir que o bispo foi assassinado por pelo menos duas pessoas", indica o arcebispo de Esmirna, Ruggero Franceschini, em declarações ao jornal italiano La Stampa.
Várias testemunhas declararam, além disso, que quando o motorista assassinou o bispo ele estava protegido por um colete à prova de balas e indicam que foi preso pela polícia militar e não pela estatal.
Segundo essas versões, as desordens psíquicas de Altun invocadas em um primeiro momento pelo governo turco não existem. Alguns membros de sua família, que trabalhavam para Padovese na Igreja local, haviam se demitido do trabalho dois dias antes do crime, segundo revelou um membro da comunidade católica.
Segundo a autópsia realizada en Iskenderun, o corpo do bispo capuchinho, grande defensor do diálogo com o islã, recebeu 20 facadas, oito delas perto do coração. Sabe-se que Altun atacou o prelado dentro da casa, e que este conseguiu sair para o jardim pedindo ajuda. Ali, seu agressor o decapitou. Depois, Altun subiu ao telhado da casa e, segundo as testemunhas, gritou: "Matei o grande Satanás. Alá é grande".
Um assassinato ritual, segundo a agência católica Asia News, que traz a marca dos fundamentalistas islâmicos supostamente manipulados pelo chamado Estado Profundo, una rede golpista infiltrada nos serviços de segurança do Estado que busca derrubar o governo do primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan.
As autoridades turcas não admitem essa possibilidade neste momento. Primeiro, disseram que o bispo morreu a caminho do hospital. Mais tarde, que morreu na clínica. Finalmente, quando foi vista a foto do corpo no jardim, o governador da província, Mehmet Celalettin, descartou que o objetivo fosse religioso ou político, e assegurou que o agressor havia agido sozinho.
Nas últimas horas, as supostas desordens psíquicas de Altun foram até negadas pelo seu advogado, que assegura agora que o motorista matou o bispo em legítima defesa porque este abusava sexualmente dele. O bispo de Esmirna replica: "A autópsia confirmou que Padovese não teve relações sexuais nem na quinta-feira nem antes de quinta-feira".
Nas missões cristãs, interpreta-se que o homicídio significa uma mudança na estratégia anticristã dos radicais turcos. "Antes matavam padres, agora se atrevem com os bispos", disse uma religiosa local.
O Vaticano continua assumindo a versão defendida desde o começo para não comprometer a viagem do Papa ao Chipre. O fato chave é que Padovese cancelou as passagens de avião (a sua e a de Altun) quando só faltavam poucas horas para embarcar para a ilha, onde o Papa lhe esperava para apresentar o documento preparatório do Sínodo do Oriente Próximo.
O vaticanista Filippo di Giacomo, que reúne impressões de diplomáticos, amigos e colaboradores de Padovese, insiste que este, ao ser informado do perigo que Altun representava, "preferiu arriscar sua imolação pessoal para evitar uma tragédia pessoal, isto é, um atentado contra o Papa".
Di Giacomo explica assim a reticência vaticana: "É compreensível que a máquina de suavizar busque continuar o diálogo com a Turquia. E não seria a primeira vez que o interesse de um se sacrifica pelo interesse de muitos".
A magistratura italiana realizará uma segunda autópsia do corpo de Padovese quando ele for repatriado, provavelmente nesta quarta-feira ou quinta-feira. Os funerais serão realizados em Milão, cidade natal do prelado, e foram adiados até segunda-feira por esse motivo.



O Papa foi "mal aconselhado" pelos diplomatas vaticanos?
(13/06/10)

"Acredito que no Vaticano também entenderam que eu tenho razão: o homicídio de Luigi Padovese tem apenas motivações religiosas. O assassinato mostra, de fato, elementos explicitamente islâmicos. Não se trata do governo turco. Não se trata de Ankara. Não se trata de motivações pessoais. Trata-se apenas do Islã. Eu sei disso. O Papa disse antes de aterrissar no Chipre que 'não se trata de um assassinato político ou religioso, mas sim de uma coisa pessoal'. Acredito que ele tenha sido mal aconselhado. O Vaticano não pode nos ensinar certas coisas".
Esse é o fulgurante início da entrevista do bispo de Smirna, Ruggero Franceschini, a Paolo Rodari, no jornal Il Foglio deste sábado, 12 de junho.
A análise é de Sandro Magister, em seu blog Settimo Cielo, 12-06-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Entrevista que deve ser lida na íntegra. Muito detalhada sobre o assédio islâmico aos cristãos da Turquia. Sobre as escolas que incitam ao ódio religioso e humilham os alunos batizados. Sobre a dinâmica do assassinato de Padovese. Sobre o perfil do assassino e da sua família: "Sempre é um risco se encarregar dos muçulmanos do lugar. Já aprendemos isso às nossas custas".
O bispo Franceschini é um veterano da Igreja da Turquia. É o antecessor de Padovese em Iskenderun e, no mesmo dia em que foi publicada a sua entrevista ao Foglio, ele foi nomeado pelo Papa como vigário apostólico de Anatólia, no lugar do assassinado. Foi ele que presidiu os seus funerais e fez a homilia. Foi ele que, desde o início, manteve viva atenção sobre as razões reais do assassinato, que não podia ser liquidado como obra isolada de um louco.
E é ele, agora, que denuncia publicamente o erro cometido pelas autoridades vaticanas, antes com a voz do padre Federico Lombardi, mas depois, principalmente, com as palavras ditas por Bento XVI pessoalmente a bordo do avião para o Chipre, no dia seguinte ao assassinato de Padovese.
O fato de que, neste caso, o Papa tenha sido "mal aconselhado" pela secretaria de Estado já é um dado cmoprovado, graças à franqueza de um bispo como Franceschini, que tem todas as razões para dizer: "O Vaticano não pode nos ensinar certas coisas".
Para o Sínodo dos bispos do Oriente Médio agendado para outubro próximo, esse erro foi uma desastrosa preliminar. Não há nada pior do que estimular os muçulmanos inimigos do cristianismo com declarações que, para eles, soam como atos de pura submissão.
9/6/2010

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O bispo assassinado e as duas linhas do Vaticano
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Não existem duas linhas no Vaticano sobre a avaliação do homicídio do bispo Padovese. Às vésperas da partida do Papa para o Chipre, houve uma gestão "voltada a acalmar" – defendem grandes conhecedores das "interna corporis" da Santa Sé – um impacto do assassinato que poderia ter efeitos devastadores tanto para a visita de Bento XVI, quando, ainda mais, para a organização que, com um trabalho longo, meticuloso e preciso, foi inciada pelo Pontífice para o próximo Sínodo sobre o Oriente Médio. "Evitando desse modo manipulações interessadas", acrescentam as mesmas fontes.
A reportagem é de Maria Antonietta Calabrò, publicada no jornal Corriere della Sera, 08-06-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Além dos muros do Vaticano e nos ambientes diplomáticos internacionais, pergunta-se se o objetivo do homicídio de Padovese (que alguns especialistas não hesitam em definir como uma execução "à la iraquiana"), se for demonstrada como fundada a sua matriz "ritual" lançada nesta segunda-feira pela agência Asianews, foi justamente o de condicionar com um ato violento, extremo e perfeitamente calibrado nos tempos a linha de Bento XVI.
"Acalmar o impacto" impediu que, eventualmente, esse objetivo fosse alcançado. Agora, a verdade dos fatos que será apurada sobre as causas da morte do bispo não poderá, em todo o caso, impedir aquilo que o Papa considera absolutamente necessário para evitar o "banho de sangue" na Terra Santa e o desaparecimento dos seguidores de Jesus Cristo dos lugares históricos da sua presença: o "triálogo" entre cristãos, judeus e muçulmanos, como caminho obrigatório para uma paz justa e duradoura.
Também desse ponto de vista (isto é, ter evitado que o assassinato de Padovese condicionasse a visita), a viagem do Papa ao Chipre foi um sucesso, assim como havia sido a viagem a Malta no meio da maré alta do escândalo da pedofilia. "Não existem duas linhas", confirma também o padre Bernardo Cervellera, diretor da Asianews, a agência de informações sobre a Igreja no mundo que desde sempre é considerada como informada e confiável.
Não é por acaso que o padre Samir Khalil Samir, jesuíta egípcio, professor de história da cultura árabe e de islamologia na Universidade Saint-Joseph de Beirute, considerado o maior especialista católico em Islã e influente "conselheiro" do próprio Bento XVI, que também estava presente no Chipre, escreva frequentemente na Asianews.
Samir, além disso, faz parte do Comitê Científico da Oasis, a revista que faz referência ao Patriarca de Veneza, Angelo Scola, editada também em árabe. A linha do "triálogo" não pode ser considerada "uma correção" do discurso de Regensburg que o bispo Padovese também havia compartilhado totalmente. No último dia 05 de fevereiro, quarto aniversário do assassinato do padre Santoro, ele havia dito à Rádio do Vaticano: "Padre Andrea foi assassinado como símbolo enquanto sacerdote católico".