quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Nicarágua proíbe procissão da Imaculada Conceição

Nicarágua proíbe procissão da Imaculada Conceição: O governo da Nicarágua proibiu a procissão da Imaculada Conceição, solenidade do dia 8 de dezembro.

Nicarágua proíbe procissão da Imaculada Conceição



MANÁGUA, 29 Nov. 22 / 02:42 pm (ACI).- O governo da Nicarágua proibiu a procissão da Imaculada Conceição, solenidade do dia 8 de dezembro.

"Queremos expressar nossa profunda tristeza por este fato que nos impede de expressar nossa fé em público", disse a paróquia São José de Tipitapa, da arquidiocese de Manágua, em comunicado publicado ontem (28) em sua página no Facebook.

A proibição é mais recente perseguição contra a Igreja pelo governo do presidente Daniel Ortega, ex-guerrilheiro que soma 29 anos no poder do país.

A advogada e pesquisadora Martha Patricia Molina publicou no começo do mês um relatório que mostra que a Igreja Católica na Nicarágua sofreu quase 400 ataques entre 2018 e 2022.

Além de ter expulsado o núncio apostólico, dom Waldemar Stanisław Sommertag, em março, o regime mantém em prisão domiciliar o bispo de Matagalpa, dom Rolando Álvarez. Vários padres estão presos na prisão de El Chipote, em Manágua, famosa como centro de tortura dos adversários do regime sandinista no poder na Nicarágua com alguma interrupção desde 1979.

O governo também fechou os meios de comunicação católicos e expulsou do país várias organizações católicas, como as Missionárias da Caridade, fundadas por Madre Teresa de Calcutá.

Padre Dulio Calero, pároco da Paróquia São José de Tipitapa, convidou os católicos a "continuar celebrando Nossa Senhora com fervor e devoção e a participar de cada uma das atividades para estes dias, colocando tudo sob sua proteção e intercessão materna ao nosso país e Igreja”.

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Moçambique: É como um filme de terror, diz religiosa sobre perseguição a cristãos

Moçambique: É como um filme de terror, diz religiosa sobre perseguição a cristãos: Após os violentos ataques de extremistas islâmicos na província de Cabo Delgado, Moçambique, a missionária portuguesa Ir. Mónica da Rocha fala dos relatos que ouviu dos deslocados e os compara com um roteiro de “filme de terror”. Os terroristas têm sido particularmente cruéis com os cristãos relata a irmã, quem ouviu dos deslocados que os jihadistas atearam fogo em pessoas vivas e decapitaram jovens e crianças.

EDAÇÃO CENTRAL, 07 abr. 21 / 01:00 pm (ACI).- Após os violentos ataques de extremistas islâmicos na província de Cabo Delgado, Moçambique, a missionária portuguesa Ir. Mónica da Rocha compara os relatos que ouviu dos deslocados a um roteiro de “filme de terror”. Os terroristas têm sido particularmente cruéis com os cristãos relata a irmã, que ouviu dos deslocados sobre os jihadistas ateando fogo em pessoas vivas e decapitando jovens e crianças.

Em seu ataque mais recente, rebeldes armados invadiram a vila de Palma, na Província de Cabo Delgado, no dia 24 de março. O Departamento de Estado dos EUA apontou como autor dos atentados o grupo jihadista, Al-Shabaab. Entretanto, na segunda-feira, através da agência de notícias Amaq, o Estado Islâmico (Daesh) assumiu a autoria dos ataques, afirmando ainda que seus integrantes assumiram o controle da cidade.

O saldo da violência, até o momento, é de 55 mortos e mais de 700 mil deslocados. A comunidade cristã de Cabo Delgado foi particularmente atingida pela brutalidade dos terroristas. Mais de 50 cristãos, incluindo jovens e crianças, foram decapitados em Cabo Delgado em novembro de 2020 e dezenas de edifícios da Igreja Católica têm sido palco de violência e assassinatos de cristãos que se recusam a abdicar da fé ou unir-se aos jihadistas.

A Irmã Mónica da Rocha pertence à Congregação das Irmãs Reparadoras de Nossa Senhora de Fátima, cuja missão inclui neste momento apenas duas irmãs e quatro jovens aspirantes. Ela afirma que na região surgiu um dos vários campos de acolhimento para os quase 700 mil deslocados de Cabo Delgado.

Numa mensagem enviada para a Fundação AIS, a religiosa tem palavras duras para descrever este conflito armado, que classifica de “guerra cruel”, e denuncia o silêncio das autoridades face aos ataques que estão a flagelar a região de Cabo Delgado desde outubro de 2017.

“Sinto revolta e impotência perante esta realidade. Revolta porque considero que já há muito se poderia ter acabado com esta guerra tão cruel e sem sentido, a começar pelo próprio governo que internamente se mantém em silêncio e passa uma mensagem ao povo de que tudo está bem e sob controlo”, afirma Ir. Mónica.

A religiosa portuguesa diz que escutou destas famílias relatos que retratam a frieza e a brutalidade dos terroristas.

“Os que foram apanhados foram cortados aos poucos para que os que estavam escondidos ao verem isso a acontecer acabassem por aparecer… mas conseguimos ficar em silêncio e eles acabaram por ir embora…”, diz a Irmã contando o testemunho de alguns dos sobreviventes que ela escutou.

Em outro testemunho escutado pela Irmã Mónica, contaram-lhe que os terroristas mandaram as crianças embora e depois “atearam fogo às pessoas que não fossem muçulmanas”.

“Eles entraram em casa de repente e mataram pessoas na nossa frente e depois mandaram-nos embora para contarmos o que tinham feito”, diz a Irmã ao recordar outro testemunho.

Cabo Delgado vem sofrendo ataques de grupos armados ligados ao Estado Islâmico desde outubro de 2017, o que levou a região a uma situação de profunda crise humanitária. De acordo com as Nações Unidas, além do saldo de 700 mil deslocados, a violência causou a morte de mais de 2 mil cidadãos.

A situação em Pemba

“Com as comunicações muito difíceis ou quase impossíveis, é com apreensão que os acontecimentos estão a ser seguidos desde Pemba, a cidade-sede da província de Cabo Delgado e o lugar onde se encontram praticamente todos os sacerdotes e religiosas que tiveram de abandonar também as suas paróquias e missões por causa dos ataques”, relata a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

Um desses religiosos deslocados a Pemba é o padre Edegard Silva, missionário brasileiro, que relatou à AIS que sua paróquia, dedicada ao Sagrado Coração de Jesus, foi palco de violentos ataques dos terroristas nesses três anos de guerra. Além disso, padre Edegard também denunciou um número crescente de pessoas que contraíram o cólera, devido às condições catastróficas de higiene em que se encontram milhares de pessoas deslocadas.

A proximidade do Papa Francisco

A situação de constantes ataques aos cristãos levou o Papa Francisco a apelar à paz na região várias vezes desde 2017, e também a transferir para o Brasil o antigo bispo de Pemba, o missionário brasileiro Dom Luiz Lisboa, nomeado Bispo da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim (ES) com a dignidade de Arcebispo. O bispo sofria seguidas ameaças de morte devido à coragem de denunciar às autoridades nacionais e internacionais a brutalidade dos jihadistas.

Ao falar durante uma reunião do Parlamento Europeu no dia 3 de dezembro, Dom Lisboa apresentou a situação de urgência humanitária vivida em Moçambique. “É uma tragédia humana, é uma crise humanitária muito forte porque as pessoas, a maioria, saíram [de suas casas] deixando tudo para trás”, disse o bispo.

Diante dessa situação disse que a população tem muitas necessidades. “Não param de chegar pessoas em vários distritos e nós estamos tentando atender as necessidades mais básicas, que é a alimentação, água, roupas, esteiras, cobertores, arranjar um lugar para ficar”.

Em agosto de 2020, o Papa Francisco telefonou para Dom Luiz Fernando Lisboa para lhe expressar sua “proximidade”, bem como “ao povo da região de Cabo Delgado”.

Na ocasião, o bispo contou que o papa tem acompanhado os acontecimentos na província “com grande preocupação e que está constantemente rezando” por esse povo.

“O Santo Padre também me disse que se houvesse algo mais que ele pudesse fazer, não devemos hesitar em pedir-lhe. Ele está pronto a caminhar conosco”, afirmou.

Confira também:

Freira italiana de 84 anos é morta em Moçambique

Freira italiana de 84 anos é morta em Moçambique: A freira italiana Maria De Coppi, de 84 anos, foi morta em Moçambique em um ataque terrorista supostamente por radicais muçulmanos. Segundo a fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre na Itália (ACN), o ataque ocorreu na noite de terça-feira (6), em Chipene.



Roma, 08 set. 22 / 10:38 am (ACI).- A freira italiana Maria De Coppi, de 84 anos, foi morta em Moçambique em um ataque terrorista supostamente por radicais muçulmanos. Segundo a fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre na Itália (ACN), o ataque ocorreu na noite de terça-feira (6), em Chipene.

Irmã Maria De Coppi nasceu em Vittorio Veneto, Itália, e estava em missão na África desde 1963.

Os terroristas invadiram e queimaram a missão de Chipene, na diocese de Nacala, onde as religiosas acolhiam os deslocados que fugiam de grupos terroristas islâmicos. A irmã Maria De Coppi recebeu um tiro na cabeça e morreu na hora e as outras irmãs e dois missionários de Vêneto, Itália, padre Lorenzo Barro e padre Loris Vignadel, conseguiram escapar.

egundo a ACN, o crescimento e concentração de organizações criminosas, a radicalização islâmica desde outubro de 2017 representam as maiores ameaças à população, especialmente na província de Cabo Delgado, no norte do país. O principal grupo terrorista local é Al Sunna wa Jama'a, conhecido como Al Shabaab.

Os deslocados internos já são mais de 800 mil.

Segundo Alessandro Monteduro, diretor da Ajuda à Igreja que Sofre na Itália, “não apenas as autoridades civis, mas também os líderes religiosos devem condenar e isolar com maior determinação a radicalização”.

Monteduro falou também da morte das Missionárias de Maria, irmã Lucía Pulici, irmã Olga Raschietti e irmã Bernadetta Bogian em Burundi, que completou oito anos ontem (7).

“Oito anos depois, os missionários continuam pagando o tributo de sangue para evangelizar as nações africanas”, disse. “O bárbaro assassinato da freira italiana irmã Maria De Coppi representa um novo golpe para a comunidade cristã em Moçambique e em toda a África”.




sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Assassinatos de cristãos em Moçambique por islamitas: cada vez mais frequentes

Italian missionary sister shot 

dead in northern Mozambique

|Africa Correspondent



CRUX Taking the Catholic Pulse



A church damaged by fighting is pictured in Mocímboa da Praia, Mozambique, Sept. 22, 2021. The region has long experienced instability, but the insurgency involving Islamist militants began in 2017. (Credit: Baz Ratner/Reuters via CNS.)

YAOUNDÈ, Cameroon – An Italian nun has been murdered in northern Mozambique.

Comboni Sister Maria De Coppi was shot in the head on Tuesday night in the village Chipene, located in Nampula Province. The province borders Cabo Delgado, where an Muslim insurgency has been raging for five years.

De Coppi was killed when she was on her way to a student dormitory during an attack on a parish mission. The attackers also burned the church, a hospital, and the primary and secondary schools in the complex.

Father Loris Vignandel and Father Lorenzo Barro were able to escape to safety.

“They burnt everything, breaking down all the doors except for ours. And this makes us very suspicious: how come and why precisely our two doors were not touched?” Vignandel wrote after attack, claiming God must have spared the priests because they “still have something to live for.”

The bishops’ conference of Italy issued a statement lamenting the loss of De Coppi, noting it came just a few months after another missionary sister was killed in Haiti.

“After Sister Luisa Dell’Orto, Little Sister of the Gospel of Charles de Foucauld, who died on June 25 in Haiti, we mourn another sister who with simplicity, dedication and in silence offered her life for the love of the Gospel,” said Cardinal Matteo Zuppi, archbishop of Bologna and president of the Italian episcopal conference.

The cardinal said in his Sept. 7 statement that he was offering “deep condolences” to the Comboni Missionary Sisters and to the diocese of Vittorio Veneto.

“We pray for Sister Maria who for sixty years has served Mozambique, which has become her home. May her sacrifice be a seed of peace and reconciliation in a land that, after years of stability, is once again scourged by violence, caused by Islamist groups that have been sowing terror and death in vast areas of the north of the country for some years,” Zuppi said.

“My thoughts, on behalf of the churches in Italy, go to the family members and the Comboni sisters, to Father Lorenzo and Father Loris and to all the missionaries who remain in so many countries to bear witness to love and hope,” he added.

Meanwhile, the Catholic Bishops’ Conference of Southern Africa issued a Sept. 7 statement expressing its “deep sorrow” over the murder of the nun, and said they were increasingly concerned about the safety of priests and nuns in the area.

“There is nothing one can say at this moment to console you except to assure you that we grieve with you,” the statement said.

“At this challenging time, we try to hang on to the words of Jesus, who promises those who mourn while believing in him that they shall be comforted,” the letter continued.

They said De Coppi’s life, like so many others before her, has been “brutally terminated for greed and intolerance of freedom of belief.”

The bishops’ conference added the nun died “a martyr’s death,” noting that over six decades, the nun never abandoned the poor and destitute.

De Coppi was a fierce critic of the ongoing war in northern Mozambique.

“The last two years have been very hard. In the north of the country there is a war going on for gas fields and people are suffering and fleeing: In my parish there are 400 families coming from the war zone. Then came the cyclone. Finally, last year the drought lasted for a long time. Today in Nampula there is extreme poverty,” she said in an interview earlier this year.

The missionary said the people of the region have been “waiting for the war and calamities to pass.”

Nampula province has been affected by the ongoing insurgency in the neigboring Cabo Delgado province.

Fighting broke out in the Cabo Delgado region of Mozambique in 2017 when a group calling itself al-Shabab — not linked to the Somali group of the same name – attacked towns in the region.

After the rebels seized the town of Palma in early 2021, troops from neigboring countries arrived in the country to help the Mozambican military.

Around 2,000 troops from eight Southern African Development Community (SADC) nations, known as the SADC Mission in Mozambique (SAMIM), were deployed on July 15, 2021. Rwanda, a non-SADC member, had earlier sent in 1,000 soldiers to Cabo Delgado, after an agreement with Mozambique.

The insurgents are known for their brutal methods, including burning villages and beheading civilians, and at least 4,000 people have died in the conflict.

The International Organization for Migration estimates over 900,000 people have had to flee their homes since the conflict began.

segunda-feira, 6 de junho de 2022

 

Homens armados matam ao menos 50 fiéis em igreja na Nigéria

Ainda não há confirmação do total exato de mo

  • Por Jovem Pan
  •  

    05/06/2022 18h24 - Atualizado em 05/06/2022 18h59rtos; ataque aconteceu durante missa matinal



    Vídeos compartilhados no Twitter mostram o momento em que corpos são retirados da igreja e empilhados em um caminhão

    Um grupo de homens armados matou, neste domingo, 5, ao menos 50 fiéis de uma igreja católica na região de Ondo, sudoeste da Nigéria, de acordo com a mídia local. Segundo informações do governo e da polícia local, o ataque aconteceu durante missa matinal na igreja católica de São Francisco, em Owo, uma região onde os atentados jihadistas e de grupos criminosos não são comuns. “Ainda é cedo para dizer [com precisão] quantas pessoas morreram. Mas muitos fiéis perderam suas vidas e outros ficaram feridos”, disse à Ibukun Odunlami, porta-voz da polícia na região de Ondo. Abayomi, testemunha do ataque, afirmou que viu várias pessoas mortas. “Eu passava pelo bairro, quando ouvi uma explosão e tiros dentro da igreja”, contou à AFP.

    Vídeos compartilhados no Twitter mostram o momento em que corpos são retirados da igreja e empilhados em um caminhão. Outras gravações mostram o interior da igreja, com inúmeros corpos empilhados no chão. Até o momento, não há informações de quem são os responsáveis ou a motivação do crime, considerado um “um assassinato odioso de fiéis” pelo presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari. O Papa Francisco lamentou a “morte de dezenas de fiéis” e disse que rezava por eles. Há 12 anos, a Nigéria enfrenta uma insurreição jihadista no nordeste do país, enquanto grupos criminosos cometem grandes sequestros no noroeste e grupos separatistas operam no sudeste.


    quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

    Afinal não foram assassinadas crianças em escolas Católicas no Canadá

     

    Afinal não foram assassinadas crianças em escolas Católicas no Canadá




    No Verão de 2021, os jornalistas, ao serviço dos oligarcas, noticiaram o escândalo das crianças “desaparecidas”, “assassinadas” e “enterradas secretamente” em escolas católicas no Canadá.
    Isso levou a ataques incendiários contra igrejas católicas no país. O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, endossou as notícias falsas. O Canadá pôs a meia-haste as bandeiras em todos os prédios do Governo. A Amnistia Internacional, que defende o assassinato de crianças através do aborto, exigiu processar os responsáveis ​​pelos “restos mortais” que foram “encontrados” em Kamloops. O Papa Francisco expressou a sua dor pela “chocante descoberta no Canadá dos restos mortais de 215 crianças” em Kamloops.
    Sete meses depois, o historiador Jacques Rouillard desmantelou a teia de mentiras. Escrevendo um texto no DorchesterReview.ca - no dia 11 de Janeiro - demonstrou que “nenhum corpo” foi encontrado fora de um cemitério normal na Kamloops Indian Residential School.
    A campanha de mentiras começou com resultados de radares subterrâneos que foram interpretados como "cadáveres", embora fossem raízes de árvores, metal e pedras. Os cemitérios foram chamados “valas comuns”.
    Rouillard descobriu que 51 crianças morreram na escola residencial de Kamloops entre 1915 a 1964. Para 35 delas existem ainda hoje documentos que comprovam que morreram de doença ou em acidentes.
    in gloria.tv

    https://www.spectator.co.uk/article/the-mystery-of-canada-s-indigenous-mass-graves

    sábado, 22 de janeiro de 2022

     https://jovempan.com.br/noticias/mundo/mais-de-360-milhoes-de-cristaos-foram-perseguidos-no-mundo-em-2021-diz-ong.html


    Mais de 360 milhões de cristãos foram perseguidos no mundo em 2021, diz ONG

    Segundo pesquisa, maior parte dos perseguidos moram no Afeganistão e no ano de 2021 quase 6 mil cristãos foram assassinados, aumento de 24% em relação ao ano anterior

    • Por Jovem Pan
    •  
    • 19/01/2022 14h02

    Khalil MAZRAAWI / AFPONG estimou que mais de 360 milhões de cristãos tenham sofrido perseguição religosa em 2021

    Mais de 360 milhões de cristãos sofreram “forte perseguição ou discriminação” por causa de sua fé no mundo em 2021, em particular no Afeganistão, de acordo com um estudo da ONG francesa Portas Abertas, publicado nesta quarta-feira, 19. “A perseguição atingiu níveis recordes, em um contexto de crise sanitária mundial, chegada ao poder dos talibãs no Afeganistão e o horror para os cristãos vítimas dos extremistas islâmicos na África subsaariana”, disse Patrick Victor, diretor da ONG para França e Bélgica, em uma coletiva de imprensa nesta quarta. Essa ONG protestante publica todo ano seu “índice mundial” de perseguição de cristãos, desde a “discreta opressão diária” até a “violência mais extrema”. Entre 1º de outubro de 2020 e 30 de setembro de 2021, a discriminação e a perseguição afetaram “mais de 360 milhões de cristãos”, incluindo católicos, ortodoxos, protestantes, batistas, evangélicos e neopentecostais, etc, de 76 países.

    Isso representa um aumento em relação aos 340 milhões de pessoas dessa religião que foram afetadas no período anterior, destaca o relatório. Em 2021, 5.898 cristãos foram assassinados, um aumento de 24% em relação ao ano anterior (4.761 casos). Segundo o relatório, “oito em cada dez morreram na Nigéria”. Por outro lado, o número total de igrejas invadidas, destruídas ou que tiveram que fechar foi de 5.110 no ano passado, em comparação com 4.488 no ano anterior. A China sozinha contribui para 59% dos fechamentos. Este país “está agora estendendo discretamente esse seu trabalho utilizando a crise sanitária (…). A manobra é simples (…): as igrejas fecham por conta dos confinamentos, enquanto as autoridades aproveitam para declarar oficialmente (seu) fechamento”, segundo a ONG. A Portas Abertas também observa “um aumento de 44% no número de cristãos detidos por causa de sua fé”, com 4.277 casos registrados em 2020, 6.175 casos em 2021.

    O Afeganistão é o país mais perigoso para os cristãos, seguido pela Coreia do Norte, Somália, Líbia, Iêmen, Eritreia e Nigéria. Com a ascensão do Talibã ao poder, a perseguição religiosa no Afeganistão “assumiu uma nova dimensão”, diz a ONG. “Os talibãs apreenderam documentos que permitem que alguns convertidos ao cristianismo sejam identificados. Eles os procuram ativamente. Homens que se convertem são executados imediatamente, mulheres ou meninas estupradas ou casadas à força com jovens talibãs”, declarou Guillaume Guennec, outro responsável pelo Portas Abertas. Difícil saber “quantos foram mortos, embora não tenha comparação com anos anteriores”, explicou Guennec.

    *Com informações da AFP