quarta-feira, 25 de março de 2015

Crucificação de crianças pelo Estado Islâmico

Terrorismo

Estado Islâmico vende, crucifica e enterra crianças vivas no Iraque

Agência da ONU denuncia barbáries cometidas por grupo terrorista contra menores, também usados em ataques suicidas e como escudos humanos

Crianças da minoria Yazidi, fugidas da violência na cidade iraquiana de Sinjar oeste de Mosul, refugiam-se na província de Dohuk, no Iraque
Crianças da minoria yazidi que fugiram da cidade iraquiana de Sinjar, refugiam-se na província de Dohuk, no Iraque (Ari Jalal/Reuters)
A cada dia surgem novas informações sobre o vasto leque de atrocidades cometidas pelos terroristas do Estado Islâmico. Nesta quarta-feira, a ONU denunciou mais barbáries contra crianças iraquianas sequestradas: elas são vendidas em mercados como escravas sexuais e muitas são mortas, crucificadas ou enterradas vivas, segundo o Comitê das Nações Unidas para os Direitos da Criança.
Meninos iraquianos menores de 18 anos estão cada vez mais sendo usados pelos jihadistas em ataques suicidas, como fabricantes de explosivos, informantes ou escudos humanos para proteger instalações contra ataques aéreos.
A agência da ONU denunciou "a matança sistemática de crianças pertencentes a minorias religiosas e étnicas cometida pelo assim chamado Estado Islâmico, incluindo vários casos de execuções coletivas de meninos, assim como relatos de crianças decapitadas, crucificadas e enterradas vivas".
"Estamos profundamente preocupados com a tortura e o assassinato destas crianças, especialmente daquelas que pertencem a minorias, mas não só das minorias", disse Renate Winter, especialista do comitê, em boletim à imprensa. "A abrangência do problema é enorme”.
Crianças da minoria yazidi ou de comunidades cristãs, e também xiitas e sunitas, têm sido vítimas da selvageria do EI. "Temos tido relatos de crianças, especialmente crianças com problemas mentais, que foram usadas como homens-bomba, muito provavelmente sem sequer entender a situação", declarou a especialista à agência de notícias Reuters. "Foi publicado um vídeo [na Internet] que mostrava crianças de muito pouca idade, aproximadamente 8 anos ou mais novas, já sendo treinadas para serem soldados."
Um grande número de crianças foi morto ou ficou seriamente ferido durante ataques aéreos ou bombardeios das forças de seguranças iraquianas, e outras morreram de "desidratação, inanição e calor", acrescentou o comitê. Além disso, o Estado Islâmico cometeu "violência sexual sistemática". "Crianças de minorias têm sido capturadas em vários lugares... vendidas no mercado com etiquetas, etiquetas de preço nelas”, disse Renate Winter.
Um relatório elaborado por dezoito especialistas independentes pede às autoridades iraquianas que adotem todas as medidas necessárias para "resgatar as crianças" sob controle do grupo terrorista e processar os criminosos.
Queimado vivo – O Estado Islâmico divulgou nesta terça-feira um novo vídeo macabro mostrando o piloto jordaniano Moaz Kesasbeh sendo queimado vivo dentro de uma jaula. Ele foi levado pelos terroristas no final de dezembro, depois que o avião que pilotava caiu na região de Raqqa, na Síria. Antes do piloto, os jihadistas haviam decapitado vários reféns, incluindo dois japoneses executados em janeiro.

Povos perseguidos pelos jihadistas no Iraque e na Síria

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Cristãos

Cristãos iraquianos buscam abrigo na igreja de São José, em Erbil, no norte do Iraque depois de fugirem de suas aldeias invadidas por terroristas
O número de cristãos no Iraque caiu de aproximadamente 1,5 milhão em 2003 para algo entre 350.000 e 450.000 atualmente, estimativa que corresponde a menos de 1% dos habitantes do país. A maioria vive na província de Nínive, no norte do país. Além de Qaraqosh – a maior cidade cristã do país, tomada pelos jihadistas em 7 de julho –, outros locais como Bartella, Al Hamdaniya e Tel Kef também abrigam cristãos.
Os cristãos no país são de diversas etnias e denominações, mas a maioria é de católicos assírios ou caldeus – uma das várias igrejas iraquianas com nomes que remontam às origens do cristianismo –, descendentes de povos da Mesopotâmia que falam aramaico.


(Com agência Reuters)

Apelo na ONU dos cristãos perseguidos pelo EI

25/03/2015 

Onu, i cristiani perseguitati in Consiglio di sicurezza

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New York. Il palazzo dell'Onu
NEW YORK. IL PALAZZO DELL'ONU

Venerdì 27 una sessione sulle minoranze minacciate in Medio Oriente. A Palazzo di Vetro interverrà anche il patriarca dei caldei Louis Sako

GIORGIO BERNARDELLIROMA

Approda al Consiglio di sicurezza dell’Onu la situazione dei cristiani perseguitati in Medio Oriente. Per venerdì mattina a New York è convocata una sessione del massimo organismo delle Nazioni Unite che - su proposta della Francia, attuale presidente di turno del Consiglio - dibatterà la condizione delle minoranze nella regione sconvolta dalle violenze dei fondamentalisti islamici. Per portare la testimonianza sul dramma specifico che stanno vivendo i cristiani dell’Iraq, a Palazzo di vetro per questo appuntamento è atteso  anche il patriarca dei caldei, Raphael Sako.

L’intenzione di convocare una sessione del Consiglio di sicurezza sul tema delle minoranze perseguitate in Medio Oriente era stata annunciata all’inizio del mese dal ministro degli Esteri francese, Laurent Fabius, durante una visita a Rabat. Erano i giorni immediatamente successivi alla strage dei copti in Libia. Il 13 marzo poi - a rilanciare ulteriormente il tema - è arrivata la dichiarazione congiunta presentata da Vaticano, Russia e Libano al Consiglio per i diritti umani di Ginevra e sottoscritta da 65 Paesi membri dell’Onu.   «Chiediamo alla comunità internazionale - si legge nel testo - di sostenere la presenza di tutte le comunità etniche e religiose che hanno profonde radici storiche in Medio Oriente». Comunità «che vedono minacciata la loro stessa esistenza dal cosiddetto Stato Islamico (Daesh) da al Qaida e dai gruppi terroristici affiliati, sconvolgendo la vita di tutte queste comunità e creando il rischio di una scomparsa totale dei cristiani».

Il dibattito al Consiglio di sicurezza dell’Onu sarà il primo in assoluto dedicato alla persecuzione dei cristiani. E arriva dopo che più volte in questi mesi le comunità cristiane locali hanno denunciato la mancanza di risposte da parte della comunità internazionale. Proprio dall’Iraq - in queste ultime settimane - sono giunte nuovamente le immagini delle croci abbattute dalle chiese e di antichissimi monasteri fatti saltare in aria dal cosiddetto Stato Islamico.

Il tutto mentre da ormai più di nove mesi  migliaia di cristiani costretti a fuggire in fretta e furia da Mosul e dalla Piana di Ninive senza poter portare nulla con sé si trovano a vivere in condizioni insostenibili in Kurdistan. Ed è un problema che va anche al di là della questione contingente del Califfato: appena qualche giorno fa, intervenendo davanti al parlamento, proprio il patriarca Sako ha chiesto alle autorità irachene il varo di una legge per perseguire penalmente i predicatori religiosi che istigano alla violenza. E ha anche espresso profonda preoccupazione per le nuove migliaia di famiglie innocenti che oggi si trovano senza alcuna assistenza a dover fuggire dalle aree che l’esercito iracheno, con l’appoggio delle milizie iraniane, sta cercando di strappare allo Stato islamico.